Out 15

O POMBO DE GUIZO

INTRODUÇÃO

Começo este artigo por confessar que o “nosso” pombo, chamado “de guizo”, durante anos, não me entusiasmou particularmente. A razão para esta falta de entusiasmo teve a ver com a sua enorme parecença com o pombo doméstico (columbia livia), tanto no porte como nas inestéticas barras. Numa primeira análise, esta semelhança retira-lhe alguma “nobreza” que todos valorizamos em pombos de raça.

Pombo Doméstico

Apesar disso, por ser prático, dada a facilidade de se conseguirem exemplares desta raça, mas sobretudo pela sua robustez, utilizei desde há bastantes anos, com enorme sucesso, este pombo como espanhola, para atirar ao ar com carapuça. A estrutura das suas penas, mais finas que os demais, faz com que se mantenham a “flutuar” com a carapuça colocada, durante mais tempo no ar, sem se afastarem do aguardo.

“Espanhola” em voo

Mais tarde, pelas mesmas razões, utilizei-o também com o pombo de voo livre, juntando-o a um pequeno lote de Ternanos com barras que importei de Itália. Mais uma vez, o sucesso foi enorme. Apesar da ausência dos espelhos alares brancos que caracterizam aqueles italianos que referi e que lhes conferem alguma parecença aos torcazes em voo, na realidade os nossos Pombos de Guizo têm uma semelhança em voo bastante maior que aqueles. Isto acontece devido, sobretudo à maior dimensão das asas e à forma arredondada da sua extremidade, muito semelhantes aos torcazes e completamente diferentes dos pombos domésticos ou dos pombos-correio.


Ternano com Barras (Itália)

Aqui começou a minha paixão. Se nunca fui muito sensível ao “guizo” que apaixona muitos dos negaceiros portugueses, fiquei muito sensibilizado pela elegância e parecença com os torcazes em voo, demonstrando que, contrariamente ao que se poderia pensar à primeira vista, o Pombo de Guizo nacional foi objeto de acasalamentos seletivos ao longo de muitas gerações, tornando-o claramente diferente do seu parente original, o Pombo Doméstico. O meu “Bem Hajam” aos muitos negaceiros / criadores de pombos para negaça do nosso Alto Alentejo. O seu mérito é tanto maior se considerarmos que, salvo muito pequenas exceções, os pombos de Guizo não eram utilizados em voo-livre, o que torna mais espantoso o apuramento de uma raça que mostra todo o seu esplendor sobretudo quando voa e não quando está preso a uma vara.

HISTÓRICO

Uma pesquisa na internet e na bibliografia sobre as origens deste nosso pombo para negaça não deu qualquer resultado. Parece que, sobre este pombo, criado há várias gerações por negaceiros da zona de Montemor e sobretudo de Vendas Novas, não existem registos que permitam identificar a sua origem ou antiguidade. É lamentável que aqueles que fizeram um trabalho tão meritório na sua selecção, não tivessem escrito as suas experiências e os seus conhecimentos.

O mesmo se aplica ao registo das características morfológicas da raça. Também aqui não existe absolutamente nada. Curiosamente, o mesmo se passa com as raças italianas de pombos de vara. Apenas os franceses tem registado, com rigor, o estalão dos pombos Azul de Gascogne. Este tipo de registos é muito importante, pois permite que os criadores, de forma muito mais sistemática e organizada, possam fazer os seus acasalamentos de acordo com uma lógica de melhoria da raça comumente aceite por toda a comunidade de criadores. Trata-se de algo que nós, negaceiros portugueses temos de pensar para um futuro muito próximo, de forma a podermos preservar aquilo que também faz parte do nosso património cultural e cinegético, o nosso Pombo de Guizo.

CARACTERÍSTICAS MAIS MARCANTES

O Pombo (nacional) de Guizo apresenta, pela positiva, como características que o distinguem das outras raças de pombos para vara:

Robustez – Trata-se de um pombo particularmente robusto. Dotado de um porte mais reduzido que todas as outras raças de pombos de vara, para além da sua maior agilidade, consegue caçar, de forma muito intensa, durante todo o dia de sem apresentar sinais de cansaço.

Atitude na base da vara / poleiro – A postura do Pombo de Guizo, quando se encontra em descanso, é bastante mais direita / vertical que as dos outros pombos de vara. É claramente a postura que se aproxima mais dos pombos torcazes, também eles dotados de uma postura particularmente vertical quando se encontram pousados.

Postura irrepreensível

Guizo – É seguramente a característica mais marcante e que mais distingue este pombo de todos os outros. Embora de utilidade discutível, sobretudo se trabalharem em varas verticais, situação em que o torcaz é chamado desde grandes distâncias, não tendo, por isso, a capacidade auditiva necessária para distinguir o guizo, não deixa de ser relevante e apelativa.

De facto, todos os negaceiros gostam de ouvir o som característico destes pombos quando batem as asas. Por outro lado, este som consegue chamar a atenção de pombos que, por qualquer razão, possam passar perto da armação sem a ver (altura e direção de voo) e é também importante para quem trabalha com varas tradicionais ou com rolos em posições que não os consegue ver, mas consegue ouvir, por exemplo na copa da árvore da armação, pois permite saber que a vara está a trabalhar convenientemente.

Cor – É, a par com o Ternano italiano, o pombo de vara potencialmente mais escuro. Embora seja algo que depende do gosto pessoal, na verdade, um pombo escuro não só é mais semelhante aos torcazes, como tem as listas brancas (verdadeiras ou descoloradas) mais contrastantes e visíveis à distância do que um pombo claro, sendo por isso mais chamativo (façam a experiência).

Voo – Como já aflorado mais atrás, é o pombo que mais semelhança com os seus primos silvestres possui, quando em voo.

Pela negativa, assinalamos as seguintes:

Menor docilidade – efectivamente trata-se de um pombo que, normalmente, é bastante menos dócil que as restantes raças de pombos para vara. Este aspecto é muito importante, entre outras situações, sobretudo quando se arma a vara e se coloca o pombo na copa. Se por alguma razão o pombo sai da base e pousa na árvore, poderá constituir uma situação de difícil resolução.

Barras Negras – Embora se trate novamente de uma questão polémica, existindo opiniões muito diferentes, é minha convicção, decorrente da muita prática, que estas, para além de fortemente inestéticas, são indesejáveis, pois, sobretudo quando o pombo se encontra parado na base, tendem a não ser tão apelativas para os pombos torcazes em aproximação, pelo menos os mais experientes com o avanço da época, dada a diferença óbvia entre as duas espécies.

O FUTURO

Estabelecer um estalão

Para termos realmente bons pombos de vara nacionais importa começar por criar um grupo ou associação que defenda e promova a reprodução e o melhoramento das características do Pombo de Guizo português. Naturalmente que o passo imediatamente seguinte deverá ser o estabelecimento de um Estalão da raça e fazer concursos onde se avalia a conformidade dos espécimes com esse padrão. Estou certo que, se os criadores passarem a realizar os seus cruzamentos de acordo com essa lógica, o resultado será visível em relativamente poucos anos.

Docilidade

Embora se possam enunciar várias características que poderão ser melhoradas, no imediato deverá ser estimulado o apuramento de pombos cada vez mais dóceis. Trata-se de uma característica importante para os pombos de vara.

Barras Negras

Também a eliminação imediata das barras negras é algo que, na minha perspectiva, é altamente desejável. Não só aumenta a semelhança dos nossos pombos com os torcazes, tornando-os também esteticamente mais agradáveis, o que é importante, mas também porque permite uma muito maior aceitação nos criadores nacionais e também nos criadores estrangeiros. Em vez de importarmos raças estrangeiras, passaremos a exportar o Nosso Pombo, mas isso, de forma relevante, só será possível sem as barras.

Espelho alar branco

Se o efeito negativo que resulta da presença de barras é uma questão que pode levantar alguma discussão, a experiência da Paixão Azul prova, de forma completamente indiscutível, que o espelho alar branco, sobretudo acompanhado de algumas guias naturais “judiciosamente colocadas” é uma característica altamente atrativa para os torcazes.


Espetacular espelho alar branco com guias simétricas, totalmente naturais

Dado tratar-se de uma característica fácil de implementar nos “nossos” pombos de guizo, pois resulta de um gene não recessivo, não há razão para que não venha a ser incorporada nos nossos pombos.

O POMBO DE VARA IDEAL

Decorre do texto que acabo dos vos transmitir que considero que o Pombo de Guizo, sendo objecto de uma selecção cuidada, com tempo e muita paciência, poderá, dado o seu enorme potencial, tornar-se com relativa facilidade no POMBO DE VARA IDEAL.

Vamos todos trabalhar nesse sentido…

Mai 08

DESGUIAR DOS POMBOS DE VARA

Com muita frequência somos questionados pelos nossos amigos sobre como deverão proceder para “desguiar” os seus pombos de vara. Por essa razão, entendi desenterrar um assunto que os (raros) verdadeiros negaceiros do passado dominavam, mas que hoje poucos conhecem, apesar de se tratar de algo muito simples.

O “desguiar” insere-se num tema bastante mais vasto que é a preparação dos nossos pombos de vara e demais negaças para a caça aos pombos torcazes. É sabido que, antes de se iniciar a actividade venatória, há que fazer uma selecção cuidada das características que devem possuir os nossos pombos. Só assim poderemos ter sucesso numa actividade que nos apaixona.

De facto, importa fazer uma selecção das melhores características que tornam um pombo capaz de exercer a “nobre” arte de Pombo de Vara. Entre outras, referimo-nos à sua resistência, aliada à força nas patas, à sua atitude no poleiro e à sua capacidade de voo. Tudo isto tem de se conjugar num pombo que seja de raça apropriada, com uma cor o mais semelhante possível aos torcazes e, preferencialmente, sem barras negras.

Intencionalmente, no parágrafo anterior não referi o “guizo”, característica que muitos negaceiros e aspirantes a negaceiros valorizam acima de todas as outras. Esta característica, dada a polémica a ela associada, só por si, daria para escrever um artigo deste tipo. Eu acredito que o guizo, na realidade, não é tão importante. Hoje é possível chamar os pombos torcazes a grandes distâncias, o que torna impossível que estes possam ouvir o referido “guizo” das nossas negaças e não é por isso que deixam de se dirigir á armação. Este facto é totalmente confirmado quando caçamos em dias húmidos, onde mesmo os pombos com muito guizo, deixam de o ter e não é por isso que os torcazes deixam de ser atraídos ao “engano” criado pelos negaceiros. Ainda assim, admito que é uma característica “simpática”. Julgo que não haverá nenhum negaceiro que não goste de ouvir o guizo dos seus pombos de vara. Ainda pela positiva devo referir que, em situações em que o negaceiro não possa ver o seu pombo de vara, como é o caso das ponteiras de rolo utilizadas na árvore da armação, é importante ouvir o bater de asas do nosso pombo para saber que tudo funciona correctamente e aí o guizo tem um papel determinante. Em resumo, mesmo não achando que seja uma característica demasiadamente importante, gosto que os meus pombos tenham um bom “guizo”.

Pombo de Guizo adequadamente desguiado

Após termos escolhidos as aves que apresentam as melhores características e elas estarem convenientemente treinadas, importa dar-lhes o tratamento adequado, ou seja, para além de lhes facultarmos a alimentação e complementos necessários à sua boa saúde, fundamental para garantir que irão ter o desempenho que esperamos, importa tratar-lhes adequadamente da plumagem. Neste capítulo temos de considerar três aspectos fundamentais: o seu transporte, que deverá ser feito sempre em gaiolas ou caixas adequadas, a colocação no champil, que deverá ocorrer em finais do mês de Setembro, início do mês de Outubro e o desguiar, objecto deste artigo.

Gaiola para transporte de dois pombos em condições muito satisfatórias

Champil

A nossa prática segue com rigor aquilo que é a tradição, ou seja, quando se dá a passagem da Lua Nova para o Quarto-Crescente de Junho, devemos proceder ao desguiar dos nossos pombos. De acordo com aquela tradição, desguiar nesta altura do ano não só permite atingir o nosso objectivo de ter os nossos pombos rigorosamente emplumados no início da caça mas também possibilita que as guias (rémiges primárias) cresçam um pouco mais, melhorando o guizo do pombo.

A acção de desguiar consiste basicamente em retirar, na altura indicada, 3 ou 4 penas da extremidade da asa (rémiges) e todas as penas da cauda (rectrizes). Garantimos assim que na altura em que se inicia a caça aos pombos migratórios temos os nossos pombos de varas e demais negaças completamente emplumadas e com as caudas muito certas, como ocorre com os pombos torcazes. Só assim garantimos que os nossos pombos não caçam com falta de penas nas asas ou na cauda.

Rémiges a eliminar

Deverá ser dada especial atenção no arranque da pena às “penas de sangue”, ou seja às penas novas em que o cálamo e o ráquis ainda não maturaram, pois se uma pena neste estágio for arrancada isso dará origem a uma hemorragia complicada de parar. Também não devem ser arrancadas as penas que já mudaram, mais azuladas que as velhas.

Há que ter também atenção a que um pombo que for desguiado na altura indicada não poderá ser utilizado nas mais adequadas condições para trabalhar como pombo de vara na caça de Verão, em finais de Agosto e Setembro, pois a sua plumagem em crescimento não lho irá permitir.

Boas caçadas.

Paulo Santana

Mai 08

POR ONDE ANDARAM (2012 A 2023)

Com este artigo pretende-se publicar, para memória futura, o histórico dos apontamentos efectuados pela Paixão Azul no seu site, desde 2012, relativos à presença de pombos torcazes migradores no nosso território. O relato inicia-se a partir do ano mais recente.

 

 

 

 

 

2023/2024

16.DEZEMBRO

Com o vento do quadrante norte, subida para nordeste de algumas gafas de pombos, que só não foi em maior quantidade por os pombos a sul serem muito poucos.

13.DEZEMBRO

Este é um ano em que não é fácil manter a regularidade desta rúbrica, pois não há muito a acrescentar ao que anteriormente foi dito.

No que se refere a Espanha, em Salamanca continua a haver um núcleo de pombos, mas com muito menor dimensão do que aquela que ocorreu em Novembro. Os que estavam em Córdova, Vale de Pedroches, desapareceram. A Serra de São Pedro está vazia.

Em Portugal, tudo muito disperso. Pela positiva, assinala-se a descida de norte para sul de alguns bandos no dia de ontem, o que indica que continuam a ter uma tendência de permanência entre nós, sabendo-se que os ventos do quadrante norte, habituais nesta altura do ano, levam ao oposto, implicando normalmente deslocações rápidas para Espanha.

03.DEZEMBRO

Mais uma bonita passagem nos Pirinéus pela costa. Por cá, tudo muito díficil. Poucos e dispersos.

30.NOVEMBRO

Apesar do mau tempo que se fez sentir, pombos a chegarem à zona de Santana do Mato e Grândola. Ontem, mais bandos grandes a passar por Irun direcção península. Desconhece-se os quantitativos.

26.NOVEMBRO

Mais uma grande passagem de torcazes através dos Pirinéus, talvez a mais tardia de sempre, ilustrando o enorme atraso que a migração teve este ano. Temperaturas amenas, céu limpo e vento fraco de leste, permitiram a travessia de um quantitativo estimado entre os 500 000 e os 800 000 torcazes, aproximando a cifra final de 2023 dos 2 000 000 de pombos, número muito superior ao das contagens oficiais (cerca de 150 000).

Por cá, tudo relativamente calmo para esta altura do ano. Os poucos torcazes que se encontram em território nacional estão muito dispersos. Alguns bandos a descer no passado fim-de-semana. Caçadas da ordem dos 20 – 30 na zona abaixo da Serra de Grândola e em algumas zonas de passagem.

24.NOVEMBRO

Bandos pequenos, a deslocarem-se em migração direção nordeste – sudoeste, vistos em muitos locais, mas sem causarem concentrações dignas de registo. A maioria ainda se encontra no país vizinho, com quantitativos elevados na zona de Salamanca.

23.NOV. Cerca de 40 000 torcazes atravessaram hoje os Pirinéus, sobretudo através de Navarra.

22.NOVEMBRO

Entrada de bandos grandes pelo sul da fronteira com Espanha. Os pombos começam a chegar aos locais habituais de inverno.

19.NOVEMBRO

Nova passagem muito relevante, embora sensivelmente inferior à ocorrida no sábado. Através de praticamente todas as linhas de passe tradicionais, bandos muito grandes de torcazes, a grande altura, atravessaram os Pirinéus. S estimativas apontam para um quantitativo entre os 80000 e os 100000 pombos.

Algumas caçadas na zona de Castelo Branco e Portalegre.

18. NOVEMBRO

 Muitos torcazes, sobretudo pela costa, mas também pelos outros pontos de passagem tradicionais, atravessaram os Pirinéus em direção à península. Cordas com vários kilómetros passaram desde muito cedo e ao longo de toda a manhã. As estimativas apontam para mais de 550000 pombos.

2022/2023

30.JANEIRO

Mais do mesmo. Extremadura e Andaluzia em Espanha. Por cá, Mértola, Almodôvar e Rosmaninhal.

23.JANEIRO

Situação sem alterações relevantes. Alguma subida dos pombos, registando-se as maiores concentrações em Espanha, ainda que perto da fronteira com Portugal, a norte da Serra de São Pedro, nomeadamente em Membrio, Piedras Albas e Cedillo. Entre nós ocorrem na zona do Rosmanunhal, Segura e Malpica do Tejo, zona que fica na continuidade da anteriormente referida em Espanha.

09.JANEIRO

A ausência de alterações significativas tornou praticamente desnecessária esta nossa rúbrica. Assim tem sido praticamete desde o início de Dezembro. Os torcazes têm-se amontoado na Andaluzia e Extremadura espanhola, dada a disponibilidade de comida, que como todos sabemos, é praticamente nula entre nós. Essa situação tem-se mantido com pequenas alterações. Os pombos têm algumas incursões junto à fronteira nas zona do Rosmaninhal ou no Baixo-Alentejo, Barrancos ou Amareleja, e pouco mais. Em Espanha subiram um pouco, aparecendo em Cedillo ou na zona do Parque Nacioal de Monfrague.

12.DEZEMBRO

Situação praticamente sem alterações. Mantêm-se os mesmos núcleos. Pombos no Rosmaninhal e em Barrancos. Principais núcleos, com muitos pombos, em Espanha, na zona centro e norte da Serra e São Pedro e na Andaluzia, na serra a norte de Sevilha.

05.DEZEMBRO

Grandes concentrações em Espanha. Muitos torcazes na zone entre Ciudad Rodrigo e a fronteira portuguesa. Mais de 300 000 torcazes a dormir no Rincón de Azagala, na Serra de São Pedro, dormida que começou a ser cortada, o que irá, seguramente, ter consequências nesta concentração. Pombos na Andaluzia.

Entre nós, bastantes pombos no Rosmaninhal. Entrada forte por Barrancos.

28.NOVEMBRO

A maioria dos torcazes já saiu de Portugal. Os maiores núcleos encontram-se em Cedillo e na Serra de S. Pedro, dormindo de novo no Rincón mas também em Campo Macias. Também é significativo o núcleo existente na Andaluzia.

Por cá, algum comportamento pouco habitual, com subidas e descidas aparentemente aleatórias, seguramente justificadas pela falta de comida. Algumas boas caçadas algo dispersas, sobretudo em locais onde os pombos estavam “agarrados”, devido à existência de alguma bolota de azinho. Pombos em Malpica do Tejo.

21.NOVEMBRO

Grande mexida no sábado. Pombos a entrar de Espanha para Portugal. Bandos a passar em quantidade na zona de Arronches, Reguengos, Portel. Talvez devido à ausência de bolota de sobro, as zonas de Pinheiro / Palma / Grândola / Ferreira estão praticamente a zero. Alguns bandos na direção NE a sul, zona de Ourique.

14.NOVEMBRO

Forte descida no sábado, com muitos bandos a passar para sul. Também foram observados bando a subir para nordeste, confirmando um ano completamente atípico, com bastantes pombos e muito pouca comida em Portugal. Boas caçadas um pouco por todo o lado, incluindo na Extremadura espanhola.

Domingo, com vento sul, foram avistados muito menos torcazes, com caçadas predominantemente sofríveis. O triângulo entre Palma / Grândola / Ferreira do Alentejo, habitualmente o principal destino migratório, está praticamente a zero dada a quase total inexistência de bolota de sobro.

11.NOVEMBRO

Contra todas as espetativas, com sol e vento fraco, no ultimo dia de contagens ainda passaram mas de CEM MIL torcazes os Pirinéus, permitindo que o total exceda os TRÊS MILHÕES, cifra que constitui o máximo verificado desde que é feita a sua contabilização.

10.NOVEMBRO

Com sol e total ausência de vento, passaram hoje cerca de 13 000 torcazes.

07.NOVEMBRO

Dia de muito movimento através dos Pirinéus. Bandos grande a passar para sul mas também de contra. Passaram hoje um pouco mais de 80 000 torcazes.

Ano excecional no que se refere ao quantitativo de torcazes a chegar à Península Ibérica, embora ensombrado pela anormalmente baixa quantidade de bolota em Portugal, sobretudo de sobro. Estaremos seguramente num ano atípico.

06.NOVEMBRO

Grande descida para sul no sábado dia 5 com algumas boas caçadas. Dia 6, alguns bandos ainda a descer na direção NE – SW, mas bandos a grande altura a sair de Portugal em direção a Espanha. A zona do sobro entre Setúbal a norte, Grândola a sul e Ferreira a leste, normalmente o destino da migração e o local com maior querença, está quase deserta.

Com bom sol e vento fraco, passaram hoje os Pirinéus cerca de 35 000 torcazes.

02.NOVEMBRO

De forma algo inesperada, em condições meteorológicas muito favoráveis, assistimos hoje a uma passagem de perto de UM MILHÃO E MEIO de torcazes. Aquela que parecia mais uma travessia de algumas dezenas de milhar, acabou por ser a maior contagem diária verificada até hoje. O total ascende agora a mais de DOIS MILHÕES E OITOCENTOS MIL, valor que também corresponde ao máximo contabilizado num ano, desde que há contagens (1999).

30.OUTUBRO

Mais uma grande passagem através dos Pirinéus. Sobretudo através dos altos corredores pirenaicos passaram hoje quase 570 000 torcazes  levando a que o total ascenda a mais de UM MILHÃO E TREZENTOS MIL pombos.

26.OUTUBRO

A partir da 10.00 h, bandos grandes, oriundos da zona de Bearne, passaram a grande altura. Foram contabilizados perto de 78000 torcazes.

25.OUTUBRO

Hoje, apesar do tempo nublado, ENORME PASSAGEM DE POMBOS TORCAZES através dos Pirinéus, sobretudo através da Costa, como vai sendo hábito. Bando de milhares de indivíduos, a grande altura, a passaram continuamente sobretudo a partir das 10.00 h da manhã. Atravessaram hoje os Pirinéus, mais de MEIO MILHÃO torcazes, quase 550 000.

2021/2022

27.DEZEMBRO

Pombos a dormir na zona do Crato. Maioria já se encontra em Espanha.

13.DEZEMBRO

Pombos cada vez mais dispersos. Os que permanecem mantêm-se sobretudo a sul. Pombos em Garvão. Alguma subida para norte e bandos grandes a sair direito a Espanha através da fronteira na zona Barrancos.

09.DEZEMBRO

Marcada subida de pombos que já chegaram a Espanha. Vistos bastantes bandos de sul para Norte. Pombos na zona do Rosmaninhal. Menos pombos em Aljustrel e no Pinheiro Francês.

06.DEZEMBRO

Os pombos continuam muito dispersos, mantendo-se sobretudo a sul. A maior concentração está na zona de Aljustrel. O Pinheiro Francês também continua com pombos, embora a sua quantidade tenha diminuído ligeiramente. Algumas caçadas na zona de Ourique.

29.NOVEMBRO

Pombos sobretudo a sul embora muito espalhados. Um quantitativo muito interessante na zona de Figueira de Cavaleiros. Pombos na zona dos Bicos e mais a sul. Alguns na zona de Santa Margarida do Sado. O maior quantitativo continua na zona do Pinheiro Francês, embora não se afastem muito da dormida.

26.NOVEMBRO

Ontem, genericamente caçadas muito fracas. Os principais núcleos encontram-se muito a sul para baixo da zona dos Bicos, e na zona do Pinheiro Francês. Este último não sai da zona da dormida.

Outro núcleo importante encontra-se ainda na zona de Salamanca.

22.NOVEMBRO

A passagem através dos Pirinéus de um número de pombos torcazes estimado em cerca de 100 a 200 000 no passado dia 19, já com as contagens encerradas, veio concluir a migração deste ano. Como referimos, sem se tratar de um ano muito bom, não deixa de ser bom, sobretudo porque vem contrariar a tendência (média) decrescente verificada nos últimos anos. De assinalar também a confirmação da passagem através da costa (Irun/Urrugne) como a principal via de passagem. Também parece cada vez mais evidente que o mês de migração passou a ser o Novembro e não o Outubro, como acontecia até há pouco.

Por cá, os pombos que se encontravam abaixo de Alvalade do Sado e em Grândola deslocaram-se para a zona de Ferreira / Figueira de Cavaleiros, onde se encontra agora o maior núcleo e onde ocorreram algumas boas caçadas.

19.NOVEMBRO

Como antecipado, decorreu hoje mais uma forte passagem de torcazes através dos Pirinéus, sobretudo através da costa (Irun). Será seguramente a última do ano e vêm reforçar os quantitativos atualmente existentes no nosso país, traduzindo-se no que se poderá chamar de mais um bom ano de pombos.

Esta época, conjugada com a anterior, vem, de alguma forma, contrariar a tendência decrescente que se vinha a observar na travessia de torcazes através dos Pirinéus.

14.NOVEMBRO

O forte dos pombos encontra-se para sul da serra de Grândola, sobretudo para baixo de Alvalade do Sado. Algumas boas caçadas na zona. Caçadas razoáveis na zona de Sta. Margarida do Sado em pombos em deslocação para sul. Na zona do Pinheiro Francês encontra-se uma quantidade relevante, mas muito estática, dormindo e comendo na proximidade da dormida.

Uma parte relevante dos pombos que passaram recentemente os Pirinéus ainda se encontra na zona de Salamanca.

Nos Pirinéus e no que se refere a torcazes, tudo parado, devido às condições meteorológicas desfavoráveis. O mesmo não se passa com os tordos pois, apesar do atraso na migração, estão a passar em grande número, sendo esperado um bom ano.

Em França, nas reservas das Landas e sobretudo em Béarn, continua um elevado contingente de pombos que se espera poder passar os Pirinéus na primeira oportunidade, que, tudo aponta, deverá ocorrer entre quinta-feira e sábado.

11.NOVEMBRO

Muito nevoeiro hoje, impedindo que muitos mais torcazes se venham juntar ao contingente de cerca de um milhão e meio que se encontra na Península Ibérica. Alguns voos sobretudo através do canal Arneguy / Valcarlos, que este ano tem sido a zona de passagem mais esquecida.

O dia 11 de novembro corresponde ao último dia de contagens. No entanto, tal como tem acontecido em anos recentes, isso não significa que a passagem de torcazes nos Pirinéus termine. Antes pelo contrário. Este ano, as condições climatéricas e o quantitativo existente em França, permitem pensar que o referido milhão e meio possa aumentar sensivelmente. Assim o esperamos.

10.NOVEMBRO

Depois de alguma ansiedade, finalmente podemos ficar aliviados. Como temos vindo a antecipar e provando que a migração cada vez se faz mais tarde, assistimos hoje à grande passagem do ano. BANDOS GRANDES A GRANDE ALTURA PASSARAM HOJE OS PIRINÉUS. Quase 850 000 torcazes, aproveitando o bom tempo, com ausência de nevoeiro, sol e pouco vento, passaram sobretudo pelo litoral. O total ascende agora a quase UM MILHÃO E MEIO DE POMBOS. Cá os esperamos…

09.NOVEMBRO

Cerca de 65000 pombos passaram hoje os Pirinéus. Se o nevoeiro não o impedir, a nossa expetativa aponta para que a GRANDE PASSAGEM de 2021 possa ocorrer amanhã ou na quinta-feira. O bom tempo e a ENORME MOVIMENTAÇÃO de torcazes ao longo do dia de hoje em França, na direção das Landes e dos Pirinéus aponta para isso. Ficam aqui alguns testemunhos de observadores franceses.

09.NOVEMBRO

Hoje pela manhã o tempo mantém-se nublado e sem condições que favoreçam a passagem. Tudo parado. Apenas alguns pombos de retorno a França. A partir de amanhã as condições irão melhorar substancialmente, embora esteja previsto algum nevoeiro que poderá novamente dificultar a travessia das montanhas.

07.NOVEMBRO

Apesar da chuva nas montanhas e do tempo nublado na costa, um pouco antes do esperado, mais cerca de 100000 torcazes decidiram atravessar os Pirinéus, totalizando um número já superior a meio milhão.

Por cá, aproveitando o bom tempo e os pombos de entrada, já houveram algumas boas caçadas, um pouco generalizadas por todo o percurso tradicional em movimentação de norte para sul. O maior núcleo encontra-se a sul da Serra de Grândola.

06.NOVEMBRO

Aproveitando uma ligeira melhoria nas condições climatéricas, com vento do quadrante norte, passaram hoje cerca de 40 000 torcazes, fazendo subir o total para mais de 400 000. Amanhã vai repetir-se o mau tempo, ainda que a partir de segunda-feira tudo mude neste capítulo, com dias de vento fraco e sol, em que o maior obstáculo à passagem poderá ser o nevoeiro. Apesar das dificuldades, dado o número elevado de torcazes qque permanece em França, estamos otimistas relativamente aos números finais das contagens.

05.NOVEMBRO

Mais do mesmo. Os torcazes teimam em não passar. Alguma chuva e nevoeiro. Em contrapartida, os tordos, após um o dia de ontem que será memorável, com muitos milhares de tordos em migração para a Península Ibérica, hoje continuam a passar ainda que em menor número.

04.NOVEMBRO

Apesar do mau tempo, boa passagem de tordos durante a noite passada e também durante a manhã de hoje.

No que se refere a torcazes, tudo novamente parado. A partir de amanhã e até dia 14, vamos ter vários dias com condições para que aqueles façam a sua travessia em direção aos nossos montados. As reservas francesas (Landes e Bearn) estão cheias a aguardar poder prosseguir com a migração.

03.NOVEMBRO

Hoje, com chuva, tudo completamente parado.

02.NOVEMBRO

Novo dia em que não houve movimentação de torcazes digna de registo. Apenas a partir de sexta ou sábado as condições meteorológicas parecem um pouco mais favoráveis a que a migração através dos Pirinéus possa prosseguir.

29.OUTUBRO

Mais um dia em história. Mau tempo e tudo parado. Aparentemente a borrasca prevista para os Pirinéus, a partir de domingo terá um pouco menos intensidade que o esperado, pelo que haverão seguramente oportunidades para a passagem dos torcazes.

Boa passagem de tordos durante a noite através de Irun.

28.OUTUBRO

Com sol, algumas nuvens, e muito vento, mais um dia calmo com a travessia dos torcazes através dos Pirinéus a ser apenas residual e totalmente pela costa.

27.OUTUBRO

Como avançámos ontem, bandos muitos altos, com milhares de torcazes, atravessaram os Pirinéus sobre o País Basco e Navarra. Tratou-se da maior passagem do ano até ao momento com quase 220 000 pombos.

Amanhã, mais um dia com boas condições para permitir novas passagens

26.OUTUBRO

Algum nevoeiro nos Pirinéus pela manhã e, novamente, tudo parado.

O dia de amanhã e também a quinta-feira, embora menos, apresentam condições muito favoráveis à passagem dos pombos pelos Pirinéus.

A grande quantidade de torcazes que se deslocava na Bélgica, Holanda e Alemanha começou ontem a entrar em França, direção Landas e Bearn. Esta movimentação, embora em grande número, é claramente tardia, o que vem confirmar o já referido atraso na migração. Se estes torcazes se detiverem em França e não aproveitarem a janela de bom tempo desta semana, corremos o risco de reeditar o ano de 2019, pois, a partir do fim-de-semana, sobretudo a partir de segunda-feira, uma borrasca prolongada vai-se abater sobre os Pirinéus, o que poderá impedir a sua passagem, pois sabe-se que esta ocorre até meados do próximo mês ou então não ocorre.

25.OUTUBRO

Hoje, apesar do bom tempo, tudo muito calmo. Entre passagens e retornos, cruzaram os Pirinéus um pouco mais de 4000 torcazes.

24.OUTUBRO

Hoje, o bom tempo, com sol e vento do quadrante  sul, permitiu uma  passagem muito relevante, sobretudo pela costa. Passaram perto de 110 000 torcazes.

Pela costa mediterrânica, fora das contagens, um contingente importante de pombos também atravessou os Pirinéus.

Perto de um milhão de torcazes foram ontem avistados, em migração dirigindo-se para sul, na Holanda e na Bélgica.

Saindo da Suécia em direção ao sul da europa, passaram hoje mais 67000 pombos, totalizando cerca de 280000, um pouco acima do valor médio para esta altura.

23.OUTUBRO

Como avançado ontem, hoje deu-se a primeira passagem com alguma relevância, embora com números ainda relativamente baixos.

22.OUTUBRO

Mais um dia em que tudo o que se refere aos torcazes esteve parado. Vento e tempo nublado com alguma chuva nos Pirinéus.

Dada a previsão de bom tempo com vento fraco, amanhã e domingo estão criadas condições para se dar a primeira passagem de torcazes digna de registo.

Contrariamente à ideia inicial, a migração da Suécia em direção ao sul da europa tem estado anormalmente parada, com quantitativos abaixo da média dos últimos anos para esta data.

Pela costa basca e durante a manhã, uma entrada relevante de tordos para a península.

22.OUTUBRO

Chuva e vento. Mais um dia à espera da primeira grande passagem. Amanhã igual.

20.OUTUBRO

O vento sudoeste forte levou a mais um dia sem movimentação digna de registo.

19.OUTUBRO

Tudo muito calmo. Alguns bandos no início da manhã, mas tudo parou rapidamente. Os primeiros bandos passam pela zona de Burgos.

18.OUTUBRO

Quase tudo parado. Apesar do bom tempo persistir nos Pirinéus e apesar das relevantes movimentações em França na direção das Landes, os torcazes ainda não decidiram iniciar realmente a travessia das montanhas que os separam da Península Ibérica. Neste país entraram já esta época perto de um milhão de pombos que poderão viabilizar um primeiro golpe para breve.

Passaram hoje da Suécia em direção a sul mais 41400 torcazes, totalizando perto de 190 000, em linha com o valor médio dos anos anteriores para esta data.

17.OUTUBRO

Grande passagem de pombos nos Países Baixos e na Bélgica, com mais de 500 000 torcazes para sul em direção a França.

Forte entrada de TORDOS na Península ibérica tanto diurna como noturna e por ambos os lados oriental e ocidental dos Pirinéus.

15.OUTUBRO

Mais um dia calmo. Com bom tempo e vento fraco, passaram hoje os Pirinéus 3685 pombos.

12.OUTUBRO

Hoje atravessaram o cabo Falsterbo, vindos da Suécia para a europa central, mais 17 200 torcazes, totalizando 111980, número que indicia mais um bom ano de migração.

11.OUTUBRO

Entraram hoje em frança cerca de 120 000 torcazes vindos sobretudo da fronteira Suiça.

Hoje nos Pirinéus tudo calmo. Depois de três dias com razoáveis entradas de tordos e alguns torcazes, o nevoeiro de hoje obrigou à acalmia.

08.OUTUBRO

Alguns bandos a passar por Arnéguy / Valcarlos.

Com mais de 370 000 torcazes, ocorreu hoje a maior passagem para frança através das fronteiras da Alemanha e da Suiça.

2020/2021

18 JANEIRO

Não bastava tratar-se de um ano sofrível pelo retorno antecipado a Espanha dos torcazes, ainda temos que ficar retidos em casa, sem podermos ir para o campo praticar a nossa paixão, por um confinamento parcial, que quase tudo permite, exceto caçar.

Em resultado do frio e da neve, os pombos que se encontravam em Espanha, mais para norte, desceram até à Serra de São Pedro, na Extremadura espanhola, concentrando-se aí em grande número. Por cá, mais do mesmo, apenas residuais.

04 JANEIRO

Situação sem grandes alterações. A maioria dos pombos está em Espanha, na Extremadura. Por cá continua um núcleo na zona entre Torre de Coelheiros, Oriola e Reguengos.

28 DEZEMBRO

Aparentemente, em Portugal, no final de Dezembro, os pombos são pouco mais do que residuais.  As maiores concentrações encontram-se em Espanha e não vão voltar. Por cá apenas pombos muito dispersos a permitirem fazer pequenas caçadas “aqui-e-ali”.

Apesar do elevado número de pombos, quando comparado com os últimos anos, apesar da enorme quantidade de comida, estamos novamente perante um ano sofrível. De facto, constatou-se que este ano os pombos subiram para norte muito cedo, mesmo sem esperarem, como era normal, pelos ventos fortes desse quadrante. Este facto tem de nos obrigar a refletir sobre o que não está bem. Bandidos a assaltarem as dormidas? pressão excessiva? Algo tem de ser feito.

21 DEZEMBRO

O maior núcleo encontra-se na serra de São Pedro. Entre nós continuam na zona de Portalegre / Crato. Saem na direção de Espanha e voltam tarde. Também existe um núcleo com algum significado na área de Torre de Coelheiros. Continuam também a dormir na zona de Santana do Mato. Pombos na zona de Cabeção e Montargil. Na quinta-feira, boas caçadas na zona de Igrejinha.

14 DEZEMBRO

Ao fim de alguns anos sem que tal acontecesse, os pombos voltaram em força à serra de S. Pedro na Extremadura espanhola. Já chegaram mesmo à zona do Parque de Monfrague. Por cá tudo muito disperso. Pombos em Grândola e em Portalegre, embora em quantidades bastante mais reduzidas que aquelas que se fizeram sentir há algumas semanas.

07 DEZEMBRO

Nova subida generalizada. Bandos grandes a subir pela zona de Torre de Coelheiros em direção à Serra de Ossa. Continua um núcleo relevante a dormir em santana do Mato. Bastantes pombos também a dormir no Pinheiro Francês. Já chegaram torcazes a Espanha, Serra de São Pedro e Coria.

04 DEZEMBRO

Subida generalizada dos torcazes. O núcleo de Santana do Mato aumentou substancialmente. Caçadas na zona do Lavre, Pegões e Vendas Novas. Já chegaram pombos a Foros do Arrão. Ao final do dia de ontem, possivelmente antecipando o mau tempo, vindo de sul e nascente, aumentou o quantitativo nos pinhais da zona de Grândola.

30 NOVEMBRO

Subida generalizada dos pombos. O principal núcleo encontra-se agora no Pinheiro Francês e na zona a norte de Grândola. Pombos também em Lavre e Santana do Mato.

27 NOVEMBRO

Grande concentração de torcazes na zona de Grândola / Sta. Margarida / Torrão / Ferreira. Bastante menos pombos na zona de Alcácer / Palma.

23 NOVEMBRO

No passado fim de semana assistiu-se a uma subida de bastantes pombos que se encontravam a sul e que vieram ocupar agora a zona de Santa Margarida do Sado e Grândola. Bastantes pombos na zona do Torrão. Grande concentração na zona de Palma / Pinheiro.

20 NOVEMBRO

Apesar das limitações impostas pela Covid 19, várias boas caçadas na zona de Alcácer /Palma. Talvez por isso, os pombos não voltaram à tarde em vários locais, ficando mais a sul deslocando-se para a zona de Grândola. Outro núcleo muito relevante continua mais a sul da Serra de Grândola, entre Alvalade do Sado e Ourique.

17 NOVEMBRO

Mais uma passagem de bandos grandes a grande altura, sobretudo pela costa. Estando as contagens encerradas, não é possível quantificar com um mínimo de rigor o número de pombos que atravessou neste dia os Pirinéus, mas estimativas no local apontam para algumas DEZENAS DE MILHAR.

16 NOVEMBRO

Maiores concentrações na zona de Palma / Alcácer e na zona a sul da Serra de Grândola. Pombos ainda em deslocação para sul em muitos locais.

2019/2020

18 NOVEMBRO

Como é sabido, dado o número particularmente reduzido de torcazes que tenham atravessado, até hoje, os Pirinéus, encontram-se muito poucos pombos no nosso país. A ausência de bolota de sobro faz com que quase todos eles se encontrem no montado de azinho. Poucas caçadas dignas desse nome, quase todas a sul e apenas no sábado, dia em que o tempo esteve favorável.

25 NOVEMBRO

Na sequência das entradas mais recentes realizadas após o encerramento das contagens nos Pirinéus, temos assistido a uma movimentação dos torcazes de norte para sul, sempre na direcção dos montados de azinho que se estendem pelo Baixo-Alentejo. No domingo verificou-se uma quantidade relevante de pombos na zona de Santana do Mato, na zona entre Alcácer e Grândola, todos com tendência para se deslocarem mais para sul, e ainda perto da serra algarvia, Barragem do Monte da Rocha, Garvão, Panóias…

29 NOVEMBRO

Os pombos que se encontravam na zona de Alcácer / Grândola / Sta. Margarida do Sado são agora residuais. Os dois maiores núcleos encontram-se em Santana do Mato, saindo na direcção do Ciborro / Pavia, e entre Aljustrel e Castro Verde, saindo na direcção de Mombeja e Alfundão.

02 DEZEMBRO

O maior núcleo encontra-se agora a sul na zona de Aljustrel, Garvão e Ourique. Os pombos na zona de Santana do Mato, Brotas, Pavia e Ciborro estão mais dispersos, a comer no azinho.

Os pombos que há uma semana se encontravam na Serra de São Pedro, na Estremadura Espanhola deslocaram-se já na direcção de Portugal.

06 DEZEMBRO

Situação sem grandes alterações. Bandos a descer na quarta e na quinta-feira, pombos dispersos por muitas zonas, mas apenas em quantidades residuais. A maior concentração permanece abaixo de Aljustrel, em quantitativos que, de acordo com contagens realizadas por biólogos espanhóis, andarão perto de MEIO MILHÃO de torcazes.

09 DEZEMBRO

A maior concentração permanece a sul, abaixo de Aljustrel. Hoje subiram alguns bandos para norte, na direcção de Grândola. Pombos a sueste de Arraiolos. Em Santana do Mato, embora de forma intermitente, permanece uma boa concentração. Saem na direcção de Pavia e Cabeção para comer.

13 DEZEMBRO

Subida de pombos na quinta-feira, seguia hoje de nova descida para sul. Situação sem grandes alterações. Maior núcleo a sul de Aljustrel.

16 DEZEMBRO

Pombos muito dispersos, com forte predominância a sul de Aljustrel. Santana do Mato já não tem pombos.

30 DEZEMBRO

Pombos continuam muito dispersos. Um núcleo muito relevante encontra-se na zona do Crato a sair na direcção de Portalegre e Alter do Chão. A zona de Aljustrel já tem poucos pombos, com a maioria a sair no sábado na direcção nascente, sem terem voltado à tarde. Alguns pombos na zona da serra de Ossa.

06 JANEIRO

Ano muito mau. Pombos muito poucos e dispersos. Relato de uma concentração na zona de Segura, junto da fronteira. A maioria terá já passado para Espanha. Alguns bandos na Serra de São Pedro, na Extremadura espanhola.

2018/2019

12 NOVEMBRO

Maior concentração na zona do Pinheiro Francês. A outra concentração encontra-se mais para sul, acima de Grândola. Pombos que estavam para sul subiram no fim-de-semana.

19 NOVEMBRO

Situação sem grandes alterações. Maior concentração na zona do Pinheiro Francês, apesar disso o tempo não permitiu boas caçadas. Pombos a sul de Alvalade do Sado e na zona de Grândola.

26 NOVEMBRO

Grande concentração, a maior dos últimos anos, na zona do Pinheiro Francês. Os pombos que se encontravam para baixo da Serra de Grândola subiram. Ontem caçadas muito fracas, mesmo nas zonas referidas, devido ao mau tempo.

3 DEZEMBRO

Mantém-se a grande concentração que se encontra na zona do Pinheiro Francês. Apesar disso as caçadas sofríveis continuam. Abriram mais reservas na zona de Palma, embora também aqui as caçadas tenham sido sofríveis. Pombos na zona de Grândola e Ferreira.

10 DEZEMBRO

Situação sem grandes alterações. Mantém-se a grande (muito grande) concentração na zona de Palma / Pinheiro. A dormida maior fica completamente cheia. Alguma boas caçadas. Os pombos da zona de Grândola têm-se movimentado para nascente. Bastantes pombos na zona de Ferreira. Como tem vindo a ser hábito em anos anteriores nesta altura do ano, já se faz sentir alguma movimentação para norte.

17 DEZEMBRO

Mais do mesmo. Mantém-se as duas maiores concentrações. Continuam muitos pombos na zona do Pinheiro / Palma e mais para sul continuam pombos em Grândola / Ferreira. Bandos muito concentrados, a voar alto, resultando em caçadas  fracas.

24 DEZEMBRO

Forte subida para Norte. Muitos pombos a sair do Pinheiro Francês e a subir pela Ribeira do Divor. Os pombos que estavam na zona de Grândola e mais a sul também subiram naquela direção. Muitos pombos a passar por Lavre, Mora e Montargil. Chegaram também à Serra de Ossa. Vamos estar atentos nos próximos dias para avaliarmos onde se irão fixar.

 31 DEZEMBRO

Grande concentração na zona Vendas Novas / Canha / Lavre. Bastantes pombos e boas caçadas em Cercal / Santiago do Cacém. Pombos na zona de Montargil. No Pinheiro Francês, em Palma e na zona de Grândola, apenas residuais. 

07 JANEIRO

Os pombos rumam cada vez mais a norte, tendo mesmo chegado a Espanha e seguindo o vale do Tejo. A Serra de São Pedro recebeu os primeiros pombos da época. Por cá chegaram bastantes à Serra de Ossa tendo seguido a ribeira de Tera. Continua um núcleo interessante na zona de Vendas Novas / Lavre. Pombos em Montargil.

14 JANEIRO

Os pombos estão muito espalhados. Há pombos desde a serra algarvia (poucos) até à Extremadura espanhola (também poucos). Pombos dispersos em Grândola, Sta. Margarida do Sado, Torrão, Viana do Alentejo, Vimieiro, Lavre, Canha,… Os torcazes que se encontravam na zona de Vensas Novs subiram para nordeste. A maior concentração encontra-se (sobretudo até sábado passado) em Foros do Arrão / Montargil. 

Os poucos pombos que se encontravam na Serra de São Pedro subiram no sábado de manhã, ficando apenas alguns residuais na serra. De referir que aqui quantidade de comida é mínima.

21 JANEIRO

Os torcazes encontram-se cada vez mais espalhados. Alguma movimentação para sul.

Ontem, com vento moderado, algumas caçadas razoáveis para a época em Grandola, Torre de Coelheiros, Foros do Arrão, Vimieiro e Portalegre.

Em Espanha não há pombos dignos de registo.

04 FEVEREIRO

O mau tempo que ocorreu na passada semana, associado à quase total ausência de bolota de azinho nesta fase do ano, obrigou a uma descida para sul dos pombos. Apareceram pombos na zona da Serra de Ossa, Casa Branca, Vimieiro Freixo e Azaruja. Continua um núcleo importante de pombos a dormir na zona de Montargil / Foros do Arrão.

2017/2018

03 NOVEMBRO

A maioria das reservas abre no domingo. A zona do Pinheiro já tem um quantitativo muito interessante. Como habitualmente nesta época, pombos na zona de Grândola, Alvalade e Ferreira. Bastantes pombos já a comer no azinho perto da barragem de Odivelas.

06 NOVEMBRO

A quase total ausência de bolota de sobro originou que, genericamente, as caçadas fossem menores do que o normal, para esta época, quando comparado com anos anteriores. Isto aconteceu sobretudo na zona de Palma, um dos destinos principais da migração. Algumas boas caçadas na zona de Grândola e também mais para sul. Boas caçadas na zona de Ferreira do Alentejo. Os torcazes já desceram até Garvão.

Os pombos que entraram na península e que se encontravam mais ou menos parados em Espanha, com a melhoria do tempo, desceram ontem e hoje em direcção ao nosso país, observando-se bastantes bandos de passagem abaixo de Castelo Branco. Tal como nos anos mais recentes, os torcazes, na fase migratória, não permanecem mais do que o tempo necessário no país vizinho, dirigindo-se o mais rapidamente possível para a enorme extensão de montado de sobro que existe no litoral português, abaixo de Setúbal. Apesar disso, contrariamente ao desejo dos caçadores portugueses, a grande quantidade de bolota de azinho que existe em Espanha seguramente originará que o seu percurso de retorno se faça mais cedo do que o habitual.

Uma chamada de atenção para a necessidade de acompanhar os nossos pombos com a declaração de vacinação contra a Doença de Newcastle. Durante o fim-de-semana foram feitas várias autuações em várias zonas do país, por ausência deste documento.

10 NOVEMBRO

No passado fim-de-semana, caçadas sofríveis na zona de Palma/Pinheiro e também em Grândola. Os pombos que aí estavam desceram para a zona a sul da serra de Grândola. Fizeram-se boas caçadas em Alvalade do Sado, tendo os torcazes descido já até Colos, Aljustrel e Ourique. Boa caçadas na zona de Ferreira (onde continuam em bom número) e Canhestros e ainda nas imediações da Barragem de Odivelas.

13 NOVEMBRO

Situação sem grandes alterações. Os pombos encontram-se quase exclusivamente a sul da Serra de Grândola, entre Alvalade do Sado e Ourique. Também continuam bastantes pombos na zona de Ferreira do Alentejo.

As caçadas de Domingo na zona de Palma / Pinheiro correram particularmente mal. Também caçadas sofríveis na zona de Grândola. Pelo contrário, nas diversas zonas de caça localizadas nas zonas onde se encontram os torcazes (muitas delas abriram ontem), fizeram-se caçadas muito interessantes.

17 NOVEMBRO

Tirando uma ou outra caçada, mais ou menos fortuita, como aconteceu numa reserva em Palma onde, inesperadamente, entraram uns pombos que permitiram bons números, tudo mais ou menos na mesma. O principal núcleo encontra-se de Alvalade do Sado para sul e também de Ferreira do Alentejo para sul.

Em Espanha não há pombos. Algumas caçadas na zona de Cedillo, com pombos de passagem para Portugal.

20 NOVEMBRO

Pombos muito espalhados, embora as principais concentrações estejam muito para sul. Há um núcleo, embora disperso, entre Ferreira do Alentejo e V. N. Baronia, estendendo-se um pouco mais para sul. Tal como na passada semana, o principal núcleo estende-se para baixo de Alvalade do Sado (Messejana, Bicos…) e Aljustrel, até Ourique. Em Espanha não há pombos, pelo menos com algum significado.

24 NOVEMBRO

O mau tempo provocou ontem e, sobretudo, hoje, uma subida generalizada dos pombos em busca de dormidas mais adequadas. Ontem, pombos na zona de Grândola e Ferreira do Alentejo.

27 NOVEMBRO

Confirmou-se o movimento para norte devido ao mau tempo. Esta movimentação deverá ser mais acentuada no final desta semana, a partir da próxima quinta-feira.

Os pombos passaram a dormira nas zonas de pinhal. Alguns pombos na zona da Palma / Pinheiro. Tal como no final da passada semana, maiores quantitativos nas zonas de Grândola e Ferreira do Alentejo.

04 DEZEMBRO

O movimento para norte / nordeste tem continuado, embora, devido à reduzida intensidade do vento, esteja a ter uma dimensão menor do que o previsto. Ao longo da passada semana, alguns pombos (não muitos) a subirem direcção Évora Monte. Idem na direcção de Brotas, subindo a Ribeira do Divor. Continuam bastantes pombos na zona de Ferreira. Os pombos que estavam a dormir até ontem na zona de Grândola e Alvalade do Sado não voltaram. Pombos na zona de Vila Nova da Baronia a sair na direcção Viana do Alentejo.

Em Espanha, a Serra de São Pedro e a zona de Córdova, continuam sem torcazes. Alguns pombos a sair de Portugal na direcção da serra a norte de Huelva.

11 DEZEMBRO

Com vento noroeste forte, a subida para norte foi bastante mais marcada na sexta e no sábado passados. Muitos pombos a subir direito à Serra de Ossa, tendo chegado a Portalegre e à zona de Monforte. Continuam bastantes pombos em Vila Nova da Baronia. No que se refere aos outros núcleos, encontram-se bastante espalhados. Alguns pombos durante a Sexta e o Sábado na zona de Brotas/ Pavia / Ciborro / Sabugueiro. Também alguns pombos na zona do Torrão e das Alcáçovas. Grândola e Palma sem pombos. Poucos em Ferreira do Alentejo.

No que toca ao país vizinho, o movimento para norte permitiu a chegada dos primeiros torcazes à Serra de São Pedro.

15 DEZEMBRO

Após o mau tempo, os pombos espalharam-se um pouco mais, embora estejam apenas nas zonas onde abunda a bolota de azinho. Continuam, embora bastante menos, em Ferreira, Ervidel e Vila Nova da Baronia, estendendo-se até Viana do Alentejo e Torre de Coelheiros. Pombos na zona de Extremoz e Vimeiro, estendendo-se até Fronteira, Crato, Monforte e Portalegre.

18 DEZEMBRO

Situação sem grandes alterações. A movimentação para norte continua. O principal núcleo encontra-se em Estremoz e Vimieiro, estendendo-se até Portalegre e Monforte. Continuam alguns pombos na zona de V. N. da Baronia. Também continuam pombos, embora dispersos, na zona de Ferreira e Canhestros até Aljustrel.

Em Espanha há alguns pombos, não muitos, na Serra de São Pedro, na Extremadura, dormindo sobretudo em Campo Macias.

22 DEZEMBRO

Cada vez mais para norte. Menos pombos em Estremoz e Vimieiro. Pombos em Portalegre, Crato e Alter do Chão. Cada vez passam mais pombos para Espanha.

28 DEZEMBRO

Situação sem grandes alterações. O principal núcleo encontra-se na zona do Crato e Alter do Chão, embora hajam pombos bastante espalhados por toda a zona perto da fronteira entre Estremoz e o Vale do Tejo.

Em Espanha algumas boas caçadas em Córdova. O núcleo que se encontra na Serra de São Pedro é relativamente pequeno. Alguns bandos subiram já pelo Tejo até Coria e Plasência, atingindo mesmo a zona a sul de Salamanca.

02 JANEIRO

Cada vez mais pombos a passarem na direcção de Espanha. A Serra de São Pedro vai aumentando os seus quantitativos. Por cá pombos em Portalegre, Crato, Alter do Chão e Monforte. Restam poucos na Serra de Ossa.

09 JANEIRO

Em Portugal continuam alguns bandos dispersos por uma área bastante grande e pombos soltos aqui e ali. O maior núcleo encontra-se do outro lado da fronteira, sobretudo na serra de São Pedro, na Extremadura espanhola.

 15 JANEIRO

Cada vez menos pombos em Portugal. Continuam pombos na zona do Crato. Há um razoável núcleo que dorme a sul de Sto. Aleixo da Restauração e que vai comer para Espanha, direcção Huelva. O núcleo que se encontra na Serra de São Pedro diminuiu no passado fim-de-semana. Pombos já para norte na Extremadura espanhola, nomeadamente na zona do Vale do Tejo e Placência.

26 JANEIRO

Ano particularmente complicado. As (boas) notícias são muito escassas. Em Portugal, tirando alguns pombos soltos, de assinalar apenas o núcleo que continua na zona entre o Crato e Alter-do-Chão. Em Espanha também não são de assinalar grandes alterações. Os pombos que se encontravam na Serra de São Pedro já não se encontram lá ou, pelo menos, são em número bastante reduzido. Alguns pombos na zona de Córdova. Tirando isso, pombos aqui-e-ali, em zonas de caça grossa, em que não se caça, com muita comida, onde os pombos permanecem completamente sossegados.

19 FEVEREIRO

Depois de uma longa ausência devida, no essencial, à falta de notícias relevantes, nesta altura em que o fecho de mais uma época aí está, voltamos ao contacto para informar que nesta ponta final os pombos continuam anormalmente espalhados, agora já muito soltos, tendo aparecido alguns nas zonas do Rosmaninhal e de Estremoz, para além de Portalegre onde têm estado presentes há algum tempo. Nestes últimos dias também se fizeram algumas caçadas interessantes na Serra de São Pedro, na Extremadura espanhola.

2016/2017

18 NOVEMBRO

Depois de uma permanência de cerca de três semanas na zona de Grândola, o núcleo mais a sul, deslocou-se ainda mais para baixo. Ontem, boas caçadas a sul da Serra de Grândola: Avalade do Sado, Fornalhas, Colos, Mimosa, Cercal, … Depois das boas caçadas no início do mês, a zona do Pinheiro Francês voltou a ter pombos, com mais uma boa entrada ocorrida no início da semana. Também ai houve algumas boas caçadas.

De Espanha poucas notícias. De referir apenas a entrada de alguns bandos na zona norte da Extremadura, certamente na direcção d nosso país.

21 NOVEMBRO

Grande movimentação para norte dos pombos que se encontravam mais a sul. A tal terá obrigado o mau tempo que ontem também impossibilitou a realização de caçadas dignas desse nome. Muitos pombos na zona de Palma / Pinheiro.

Em Espanha só são notícia os pombos que se encontram em trânsito para sudoeste na direcção do nosso país. Referimo-nos à zona de Burgos e à zona a sul do País Basco, com muitos pombos, seguramente os que entraram na Península há cerca de uma semana.

25 NOVEMBRO

Mais uma movimentação, agora para nordeste, dos pombos que se encontravam na zona de Grândola. Continuam bastantes pombos na zona de Palma / Pinheiro, embora, com uma ou outra excepção, as caçadas tenham sido fracas. Este facto deve-se, como é sabido, aos pombos permanecerem  maciçamente, nos dias de caça, em parcelas ou herdades onde não se caça.

28 NOVEMBRO

O mau tempo não permitiu boas caçadas ontem. Os pombos começam a formar bandos muito grandes, o que também dificulta a sua caça. Pousam em grandes quantidades em locais onde não é feita pressão e saem apenas no final do dia em direcção às dormidas.

Bastantes pombos na zona de Palma / Pinheiro. Um contingente ainda razoável na zona de Grândola. As deslocações dos últimos dias em direcção nordeste faz com que já tenham chegado a S. Cristóvão e naturalmente ao Torrão, Odivelas e Alvito.

30 NOVEMBRO

Ontem e sobretudo hoje, muitos pombos a chegar ao Pinheiro. Trata-se do meio milhão de pombos que passou os Pirinéus já com as contagens encerradas e que na altura tivemos a oportunidade de referir.

02.DEZEMBRO

Mais um dia caracterizado por tempo sofrível e pombos em grandes bandos. Estes dois aspectos conjugados fizeram que, mesmo em zonas em que existem grandes concentrações de torcazes, as caçadas tenham sido muito fracas. Referimo-nos sobretudo à zona do Pinheiro / Palma, onde se encontra a maior concentração e que tem vindo a aumentar nos últimos dias. Aqui os pombos saem na direcção norte ou nordeste e ficam poisados durante todo o dia onde encontram sossego, saindo apenas no final para a dormida. Em Grândola, onde também existe uma concentração relevante, embora muito menor do que a anteriormente referida, a situação é análoga, saindo os pombos uns dias para nordeste, direcção Torrão, Alvito, Odivelas, e outros para sul. Foi exactamente a sul da Serra de Grândola que ontem, com o tempo a facilitar um pouco mais, foram feitas algumas caçadas interessantes.

A previsão meteorológica e a abundância de comida deixam antever que a situação reportada poderá não sofrer grandes alterações nos próximos dias.

Em Espanha de assinalar mais uma debandada maciça, em direcção a Portugal, dos pombos que ainda se encontravam na zona de Salamanca. De assinalar ainda que os pombos oriundos da corrente migratória que passa nos Pirinéus orientais, junto do Mediterrâneo (não contabilizada nas contagens), este ano em menor quantidade, chegaram ao Vale de Pedroches, na zona de Córdova, seu destino habitual, antevendo-se possíveis boas caçadas para os próximos dias.

05.DEZEMBRO

Situação sem grandes alterações. Novo fim-de-semana com mau tempo a impedir boas caçadas.

Mantém-se uma grande concentração de pombos na zona Pinheiro / Palma. Saem, pousam e permanecem onde encontram sossego, até voltarem para a dormida. Pombos em Vendas Novas, Canha, Casebres e Pegões

09.DEZEMBRO

A concentração na zona do Pinheiro / Palma diminuiu substancialmente. Os pombos subiram de forma mais clara do que vinham a fazer há já alguns dias. Pombos em Montemor, Escoural, Canha, Branca e Coruche, tendo mesmo chegado já à zona de Montargil.

12.DEZEMBRO

Mantém-se a situação anterior. Maior concentração na zona compreendida entre Montemor, Vendas Novas e Coruche. Muitos pombos em Santana do Mato e no Escoural.

Apesar de ser um mês algo complicado, o bom tempo permitiu que ontem tivessem sido feitas algumas boas caçadas.

17.DEZEMBRO

O vento nordeste levou a mais uma subida nesta direcção da maior concentração de torcazes. Embora continue a dormir no Pinheiro uma quantidade relevante de pombos, o maior contingente encontra-se na zona de Santana do Mato, Aldeia Velha, Couço, Montargil e Forros do Arrão. Chegaram já ao Crato e a Espanha, à zona de Cedillo.

20.DEZEMBRO

Situação sem grandes alterações. Pombos muito espalhados, mas a manterem-se quase na totalidade no nosso país. De referir um núcleo relevante a dormir no Pinheiro e a comer em Palma. O maior contingente encontra-se na zona de Santana do Mato. Pombos em Aldeia Velha, Ponte-Sôr, Ciborro e Montemor.

Em Espanha, algumas boas caçadas de pombos que permanecem na zona de Salamanca. Pombos na zona de Cedillo. Há também um quantitativo interessante no Vale de Pedroches, Córdova.

26.DEZEMBRO

Com pequenas variações, a situação tende a manter-se. Os pombos que há uma semana se deslocaram para a zona de Cedillo voltaram para sul, motivados certamente pela pouca comida que encontraram. Embora com oscilações significativas, mantém-se uma concentração relevante a dormir no Pinheiro e a comer na zona de Palma. Mantém-se também a concentração na zona do Ciborro, Lavre, Santana do Mato. Pombos em Barrancos e Sto. Aleixo da Restauração.

30.DEZEMBRO

Ontem, mais um dia de boas caçadas no Pinheiro Francês. Continua a dormir nesta zona um quantitativo muito relevante de torcazes. A maior concentração mantém-se, com algumas oscilações, na zona de Santana do Mato, Lavre e Ciborro. Estes pombos saíram ontem em direcção a Brotas e ao Sabugueiro, tendo mesmo chegado a Pavia, onde também houveram algumas caçadas interessantes. Já chegaram alguns pombos à zona do Vimieiro.

Em Espanha apenas alguns pombos na zona a norte de Huelva. Dormem do nosso lado da fronteira e saem para comer nessa zona. Fazem parte do contingente que se encontra em Barrancos e Sto. Aleixo.

02.JANEIRO

Movimentação para leste/nordeste nos últimos dias, embora continuem bastante dispersos. A zona do Pinheiro Palma ficou praticamente sem pombos no fim-de-semana. Estes pombos chegaram no sábado à zona de Santana do Mato. Também se deslocaram para leste alguns dos que se encontravam na zona do Ciborro / Santana do Mato, tendo chegado ao Vimieiro.

6.JANEIRO

Caçadas muito fracas sobretudo devido aos grandes nevoeiros que se têm feito sentir. Mitos pombos a dormir na zona de Vendas Novas e em Coruche. Pombos na zona de Ponte de Sôr, Valongo e Galveias. Em Barrancos continua também um contingente interessante de torcazes.

Em Espanha, embora se comecem a ver alguns bandos, são muito poucos e dispersos.

09.JANEIRO

Situação sem grandes alterações. A maior concentração continua na zona de Coruche, Santana do Mato, Ciborro estendendo-se até Foros do Arrão.

16.JANEIRO

Embora lentamente, assiste-se a uma deslocação dos pombos torcazes cada vez maior no sentido nordeste. Chegaram bastantes bandos a Espanha. Subiram pela zona do rio Tejo e alojaram-se na zona a norte de Cáceres. A Serra de São Pedro continua em pombos. Vamos continuar atentos ao que vai acontecer nos próximos dias, pois a ausência quase total de comida dificultará de sobremaneira a manutenção dos torcazes naquele país.

23.JANEIRO

A situação mantém-se sem grandes alterações, não sendo expectável que algo venha a mudar muito até ao final. Pombos muito dispersos e em pequenas quantidades. A maior concentração continua na zona de Montargil

30.JANEIRO

Nada de novo no que se refere aos pombos no nosso país. O maior contingente mantém-se na zona de Montargil. Relativamente a Espanha, de assinalar a chegada de bastantes pombos à zona de Córdova (Vale de Pedroches), o que permitiu um número significativo de boas caçadas no passado fim-de-semana.

06.FEVEREIRO

Situação praticamente sem alterações em Portugal. Embora com pequenas alterações locais, a maior concentração de torcazes continua a dormir na zona de Montargil. Genericamente, assiste-se a uma movimentação para nordeste, típica desta altura do ano, em que os pombos iniciam o percurso de volta para os seus países de origem, a chamada migração pré-nupcial. Este movimento traduz-se na existência de quantitativos já muito significativos em Espanha, país onde, para além da concentração muito significativa, já reportada, na zona de Córdova / Vale de Pedroches, se verificou recentemente o aparecimento de muitos pombos na zona a norte do Parque Nacional da Serra de Monfrague, a norte de Cáceres.

13.FEVEREIRO

Os torcazes estão cada vez mais dispersos. Já não existe uma concentração digna de registo. Os bandos vão-se dirigindo para nordeste, em direcção a Espanha, sem que haja também aqui uma concentração significativa, dada a ausência de comida. Neste país as maiores concentrações encontram-se a sul da Serra de São Pedro, em Vale de la Torre, a comer na maior concentração de sobreiros existente naquela serra, e na zona de Córdova.

2015/2016

29.OUTUBRO.

Muito poucos relatos relativos à presença de torcazes em locais onde, nesta altura do ano, ou já se abriu ou se planeia fazê-lo muito para breve.

Hoje (pequenas) caçadas na zona do Vimeiro. Muito poucos pombos na zona de Palma / Pinheiro. Residuais na zona de Grândola. Na zona de Brotas / Ciborro /Sabugueiro, onde também se fizeram pequenas caçadas no domingo, hoje praticamente não apareceram.

02.NOVEMBRO

Ontem, muitos pombos de entrada nos canais habituais. Todos direitos à costa. Finalmente houve uma entrada no Pinheiro Francês. As maiores concentrações encontram-se de Grândola para sul. Pombos na zona de Sta. Margarida, Caneiras, Alvito, Messejana. Em Espanha boas caçadas na zona Córdova.

06.NOVEMBRO

Os pombos que já se encontram entre nós começam a procurar o azinho, a sul da Serra de Grândola. Como habitualmente, o Pinheiro e algumas reservas da zona Palma começam a apresentar quantitativos interessantes, devendo abrir no próximo fim-de-semana.

Em Espanha, o Vale de Pedroches, na zona de Córdova, começa a apresentar bons quantitativos. Estes pombos derivam da corrente migratória que passa nos Pirinéus orientais e não é contabilizada. Há notícia de pombos na zona de Valladolid a comer. Deverão dirigir-se a Portugal nos próximos dias.

09.NOVEMBRO

Ontem, abriram a maioria das zonas no triângulo Palma, Ferreira e Alvalade do Sado. Verificaram-se bastantes caçadas boas. Pombos no Sabugueiro e em Montemor. A entrada de pombos continuou durante o fim-de-semana e embora já tivessem sido observados alguns bandos na direcção de Espanha através da zona de Portalegre, a maioria deslocou-se na direcção habitual, para sudoeste.

Em Espanha a Serra de São Pedro não tem pombos, pelo menos em quantidade. A grande concentração mantém-se na zona de Córdova.

13.NOVEMBRO

Perante a pouca quantidade de bolota de sobro, a esmagadora maioria dos pombos encontra-se a comer no azinho. Muito boas caçadas na zona compreendida por Viana do Alentejo, S. Cristóvão, V. N. da Baronia, Torrão… Caçadas bastante mais fracas do que as que se verificaram no domingo na zona de Palma, Alcácer e Grândola.

Em Espanha a situação mantém-se na mesma. Pombos em Córdova e na zona oeste da Serra San Pedro.

16.NOVEMBRO

Muitos pombos durante o fim-de-semana na zona de Torrão e Odivelas. Boas caçadas no Escoural. Menos pombos em Alcáçovas e Vila Nova da Baronia. Boas caçadas em Ferreira.

Poucos pombos na zona de Palma / Pinheiro e Grândola. A maioria dos torcazes deslocou-se para sul.

Pombos em Monforte. Este núcleo tem a sua maior expressão do lado espanhol da fronteira, com boas caçadas em Valência de Alcântara e muito boas (3 dígitos) na zona de Cedillo.

23.NOVEMBRO

Ontem, boas caçadas entre Montemor e Arraiolos. Menos pombos na zona de Grândola e Palma.

30.NOVEMBRO

Pombos muito espalhados a comer no azinho. Alguns pombos na zona entre Montemor, Vendas Novas e Santana do Mato. Pombos a comer muito a sul perto da serra algarvia. Pombos em Ferreira do Alentejo.

Em Espanha, muitos pombos a sul, na Serra de Huelva.

07.DEZEMBRO

Os pombos continuam muito espalhados, embora com tendência para subir direito a Espanha. Cada vez há menos pombos na zona de Aljustrel e na zona de Palma / Pinheiro. A maior concentração esteve até domingo no Alto Alentejo. Pombos em Vendas Novas, Canha, Évora, Redondo, Vimieiro, Extremoz, Brotas e Avis. No domingo forte movimentação em direcção a Portalegre.

14.DEZEMBRO

A situação anteriormente reportada continua sem grande alteração. A maior concentração encontra-se na zona do Vimieiro, com os pombos a saírem para várias direcções em função dos ventos e da pressão que vão sofrendo. Para sul, poucos e muito dispersos.

Em Espanha, a situação mantém-se, com muito poucos pombos. No fim-de-semana algumas caçadas na zona de Cedillo e Valência de Alcântara e pouco mais.

21.DEZEMBRO

Os pombos estão cada vez mais concentrados a dormir na zona do Vimieiro. Saem para norte e nordeste, direcção ao Cano, Casa Branca e Sousel. Pombos em Malpica do Tejo.

Por Espanha poucas alterações também. Alguns pombos a comer na zona de Cedillo e a dormir em Portugal. Pombos na Serra de Huelva, bastante mais a sul.

28.DEZEMBRO

A maior dormida na zona do Vimieiro tem cada vez mais pombos. Apesar disso, mesmo nessa zona, o tempo não permite boas caçadas.

04.JANEIRO

A dormida na zona do Vimieiro continua com muitos pombos. Também bastantes pombos na zona de Mora. Caçadas razoáveis na zona de Monforte e Rosmaninhal.

Em Espanha, os pombos começaram finalmente a aparecer nas dormidas da Serra de São Pedro. Já chegam pombos a Cória e Torrejon.

11.JANEIRO

Os pombos que dormiam na maior dormida na zona do Vimieiro deslocaram-se, embora continuem na zona da Serra de Ossa, mas mais para sul.

Em Espanha, a maior dormida na Serra de São Pedro continua sem pombos, embora estes andem pela serra em grandes quantidades, dormindo em locais que já não frequentavam há alguns anos, como a dormida de Campo Macias. Pombos também na região de Cedillo.

18.JANEIRO

Situação sem grandes alterações. Os pombos continuam sobretudo na zona entre Mora e Estremoz, com uma concentração bastante grande na zona do Vimieiro. Os pombos que se encontravam no Rosmaninhal e Monforte da Beira deslocaram-se para sul / sueste.

Em Espanha encontra-se um grupo significativo na zona sul da Serra de São Pedro a dormir no montado. A dormida do Rincon continua sem pombos.

25.JANEIRO

Os pombos em Portugal já são muito poucos. Muito se deve ao contínuo violar das dormidas por autênticos criminosos. O que se tem passado nas dormidas em torno da Serra de Ossa é indescritível.

Caçadas muito fracas no fim-de-semana. Alguns pombos entre o Crato e Idanha. Bandos muitos dispersos.

Em Espanha, o maior contingente encontra-se em duas dormidas na Serra de São Pedro, embora não haja pombos a dormir naquela que é tradicionalmente a maior dormida, o Rincón de Azagala.

Quantitativos interessantes na zona de Córdova, embora substancialmente menos do que no ano passado nesta altura do ano.

01.FEVEREIRO

Ano muito mau. A situação mantém-se sem grandes alterações. Pombos em pequena quantidade e muito dispersos, permitindo apenas algumas pequenas caçadas. A maioria deles já se deslocou para Espanha em direcção a França. A concentração na Serra de São Pedro já diminuiu substancialmente. Pombos em Salamanca.

08.FEVEREIRO

Em Portugal apenas pombos soltos e pequenos bandos, aqui e ali. Algumas caçadas pontuais em zonas onde os poucos pombos que permanecem têm querença. A maior concentração encontra-se na Serra de São Pedro em Espanha e mais para nordeste já em direcção a França (Placência, Ávila e Salamanca). Em Córdova (Valle de los Pedroches) também quantitativos interessantes.

15.FEVEREIRO

Mau tempo no sábado e muito vento no domingo, dificultando a caça com vara. Boas caçadas na zona do Rosmaninhal, à passagem.

Muitos pombos na Serra de São Pedro, o melhor ano entre os últimos. Pombos a dormir no montado e em algumas das dormidas tradicionais. Boas caçadas, sobretudo à passagem.

22.FEVEREIRO

No passado sábado terminou mais uma época de caça pombos, pelo menos em Portugal, já que na Extremadura espanhola se caça até ao final do mês. Foi um ano sofrível, sobretudo para a maioria. O tempo, que não começou muito adverso em NOVEMBRO, piorou fortemente, pelo menos para esta caça, oferecendo muito poucos dias de sol com vento norte, o que dificultou muito o exercício desta nossa paixão.

Dada a pouca quantidade de bolota de sobro, os pombos mantiveram-se muito pouco tempo na nossa zona costeira, entre Setúbal e Grândola, tendo, numa fase inicial, aí dormido, mas sempre a saírem para ir comer no azinho, sobretudo para leste, mas também para sul, embora em muito menor grau. Pouco tempo depois dirigiram-se definitivamente para nordeste, em direcção primeiro a Évora e depois à zona da Serra de Ossa, tendo aí permanecido durante algum tempo, dormindo principalmente na zona do Vimeiro. Esta zona apresentou este ano uma quantidade muito razoável de bolota, o que permitiu aos pombos aí permanecerem por mais de um mês, não se mantendo mais tempo devido à sistemática e vergonhosa violação das dormidas na zona. Se a dormida do Vimieiro foi relativamente poupada (embora se fale de várias investidas nocturnas), a dormida na própria Serra de Ossa e também a do Freixo, são literalmente atacadas logo que os pombos aí chegam.

Os torcazes, após serem escorraçados das dormidas referidas, seguiram para a serra de São Pedro, na Extremadura espanhola, local onde, nesta data, se encontram em grande número.

A violação das dormidas é um assunto que tem de ser abordado pelos que, como nós, têm a paixão de caçar com negaça os pombos torcazes, sendo a sede ideal para isso uma associação de todos os que comungam deste gosto. Mais do que uma associação de negaceiros, esta deverá ter como principal objectivo a protecção do pombo torcaz. Esta associação deverá interagir com outras congéneres, pelo menos de Espanha e França, pois não será possível a protecção desta espécie se tal não for tratado de forma integrada, dada a característica migratória desta ave.

2014-2015

27.OUTUBRO

Já chegou ao Pinheiro Francês um quantitativo muito interessante de pombos. No entanto, assistimos já a uma movimentação de alguns destes pombos na direcção das Alcáçovas. No domingo caçadas entre os 20 e os 40 na zona do Sabugueiro e da Flor da Rosa (Crato).

29.OUTUBRO

Os pombos que se encontravam no Pinheiro Francês desceram. Muitos pombos em Sta. Margarida do Sado, Ferreira e Canhestros. Estendem-se até Alvalade do Sado.

30.OUTUBRO

Grande entrada de torcazes para o Pinheiro. As reservas da zona abrem no domingo. Boas caçadas no Torrão.

31.OUTUBRO

Os pombos que dormem nas dormidas de Sta. Margarida do Sado (muito bem compostas) deslocam-se para a zona do Torrão para comer. Ontem, boas caçadas em Montemor e na zona do Torrão, especialmente nesta última com caçadas a mais de 200.

03.NOVEMBRO

As grandes concentrações de pombos encontram-se a dormir na zona do Pinheiro Francês e Sta. Margarida do Sado. Bastantes pombos no Torrão, Alvito, V. N. Baronia e Alcáçovas.

Ontem, domingo, abriram os coutos na zona de palma. Caçadas no Pinheiro Francês melhores que no ano passado, com algumas portas a superarem os 100 pombos. Restantes coutos na zona de Palma mais fracos. Algumas boas caçadas na zona do Torrão.

07.NOVEMBRO

Ontem abriram a maioria dos coutos na zona de Sta. Margarida do Sado, local onde continua a maior concentração de torcazes. Bastantes caçadas na ordem das várias dezenas e algumas mesmo acima da centena. Resultados muito abaixo da expectativa na zona de Palma e do Pinheiro Francês. Os pombos desceram de forma muito clara e já chegam a Ourique.

10.NOVEMBRO

O maior núcleo de pombos continua na zona de Sta. Margarida do Sado. As reservas da zona que ainda não tinham aberto fizeram-no ontem. Bastantes caçadas na ordem das dezenas, tendo alguma passado a centena. Caçadas sofríveis na zona de Palma. Os pombos que chegaram no sábado ao Pinheiro Francês, saíram no domingo e não voltaram. Pombos na zona de Garvão, Panóias e Ourique. Muito boas caçadas na zona de Ferreira e Figueira de Cavaleiros.

Ontem e, sobretudo, hoje, mais uma grande passagem nos Pirenéus, com mais de meio milhão de pombos. Cá os esperamos…

12.NOVEMBRO

O mau tempo e a pouca comida de sobro fazem com que os pombos desçam cada vez mais. Muitos pombos em Aljustrel, Ourique, Garvão, Torre Vã e Panóias.

14.NOVEMBRO

Ontem, 5ª feira, contra quase todas as espectativas, algumas boas caçadas no Pinheiro, com pombos que entraram do norte na quarta-feira, os mesmos que terão passado na zona de Sabugueiro / Arraiolos na segunda e na terça. O maior núcleo continua a sul, com bastantes pombos em Aljustrel, Ourique, Alvalade, Garvão e Panóias. Os coutos na zona de Alvalade que ainda não abriram vão fazê-lo no próximo fim-de-semana. Ontem chegaram pombos em quantidade não desprezável à zona de Ferreira.

Tal como em Portugal, em Espanha apenas se fazem caçadas razoáveis muito a sul, concretamente na zona a norte de Huelva.

17.NOVEMBRO

Situação com poucas alterações. O mau tempo mantem os pombos muito a sul, entre a serra algarvia e a linha que vai de Sta. Margarida do Sado, passando por Figueira de Cavaleiros e Ferreira do Alentejo. Na zona mais a sul, estes pombos mantêm-se bastante dispersos possivelmente devido ao sistemático e criminoso violar das dormidas durante a noite. Caçadas muito fracas a norte da zona referida, incluindo toda a zona de Alcácer / Palma. As melhores caçadas foram a sul, em quantitativos na ordem das dezenas. O tempo nublado, sobretudo à tarde, com os pombos muito altos e difíceis, não permitiu mais.

20.NOVEMBRO

Situação com poucas alterações. A sistemática violação das dormidas a sul da Serra de Grândola, fez com que os pombos subissem um pouco. Muitos pombos em Sta. Margarida do Sado, Torrão, Ferreira do Alentejo, Figueira de Cavaleiros e Barragem de Odivelas. Muitos pombos também na dormida grande da zona do Pinheiro / Palma. Bandos altos, de entrada, a passar na zona do Vimieiro e Sabugueiro. Caçadas genericamente muito fracas devido ao mau tempo.

 24.NOVEMBRO

O tempo do quadrante sul continua a não permitir grandes alterações. Muitos pombos a dormir no Pinheiro e em Sta. Margarida do Sado. O maior contingente encontra-se a comer a muito a sul, em montados de azinho. Caçadas sofríveis devido ao mau tempo, com chuva e nevoeiro.

27.NOVEMBRO

Hoje, mais torcazes passaram os Pirenéus. Grandes bandos, perto da costa, sobrevoaram Urrugne e Irún em direcção à península. Não foi possível conseguir qualquer estimativa relativamente a números.

Por cá, poucas alterações. Pombos maioritariamente a sul, muitos na zona de Panóias. Muito dispersos. Um número considerável de pombos na zona do Pinheiro, com caçadas razoáveis, tendo em conta a meteorologia. Caçadas fracas em Sta. Margarida. Notícia de pombos na zona de Vale de Guizo e também em Canhestros. Alguns pombos na zona de Viana do Alentejo. Há também um núcleo de pombos na zona de Mértola e Azinhal que se estendem até Paymogo, em Espanha.

Também em Espanha, bastantes pombos na zona de Córdova, no Valle de los Pedroches. Trata-se da primeira grande concentração do ano a comer no país vizinho. Como referido, alguns pombos em Paymogo e também na zona de Valência de Alcântara.

Grande concentração (em trânsito) em Salamanca. Tratam-se dos pombos que passaram tardiamente os Pirenéus. Estamos à espera deles

01.DEZEMBRO

Finalmente vento do quadrante norte. Com ele, desde sábado, mas sobretudo ontem e hoje, forte movimentação dos pombos na direcção nordeste. Muitas zonas que tinham pombos desde o início da época estão a ficar desertas. Observações espalhadas por todos os locais onde se caçaram aos pombos no fim-de-semana foram comuns: grandes bandos a movimentarem-se para nordeste sem fazerem caso das negaças. Nada ficou como anteriormente. Vamos ver onde param e onde dormem, pois as grandes dormidas ficaram sem pombos ou, pelo menos, com poucos pombos.

04.DEZEMBRO

A situação não está boa. Depois da arrancada para norte, não ficaram muitos pombos entre nós. Bons quantitativos na zona do Rosmaninhal e Idanha, a norte, e também na zona de Mértola, Safara, e Barrancos a sul. Estes últimos pombos constituem o extremo oeste de um grande núcleo, com quantitativos que não se verificavam há vários anos, que se encontra na zona de Córdova  (Pozo Blanco, Cardeña, Villanueva).

09.DEZEMBRO

A situação continua a piorar. Pombos em quantidade relevante apenas na zona de Barrancos.

Em Espanha, boas caçadas, no sábado, na zona de Coria, na zona norte da Extremadura. No domingo subiram ainda mais. Dormem em grande quantidade na zona de Monfrague. Cordova continua com muitos pombos.

12.DEZEMBRO

Situação sem alterações. Apenas quantidades residuais de pombos em Portugal.

Em Espanha, muitos pombos em Placência e Monfrague. Mais a sul, bastantes pombos a norte de Sevilha. Trata-se do mesmo núcleo que se estende desde Barrancos.

15.DEZEMBRO

A pouca bolota de sobro associada ao apodrecimento da maioria da bolota de azinho não permitem uma situação favorável à permanência dos pombos entre nós. São poucos os relatos sobre a presença de pombos no nosso território. Assim, continuam alguns pombos na zona de Barrancos, a comerem em Espanha, alguns (poucos) pombos na zona do Vimieiro e também alguma movimentação em Marvão, junto à fronteira.

Relatos, por confirmar, da entrada de alguns bandos vindos de Espanha, hoje, na zona de Portalegre.

Em Espanha poucas alterações. Na Extremadura norte, pombos na zona de Coria e Placência. A sul, continuam pombos (menos) na zona de Córdova e a norte da Serra de Sevilha. Estes dormem perto de Monastério e vão comer para norte, já relativamente perto de Badajoz, onde se fizeram algumas caçadas interessantes durante o fim-de-semana.

19.DEZEMBRO

Tudo (ou quase tudo) na mesma. Os pombos continuam quase exclusivamente em Espanha e nos mesmos locais. Coria, Monfrague, Placência e Córdova. Apenas de referir a presença de um contingente numeroso que se encontrava a norte da serra de Sevilha e que se vem aproximando de Badajoz, muito perto da fronteira com Portugal. Esperemos que estas ainda nos possam dar algumas alegrias.

22.DEZEMBRO

No que toca aos pombos, poucas notícias são más notícias. Situação quase sem alterações, relativamente à semana passada. Os pombos entre nós são muito poucos, embora não estejam muito longe. Em concreto, no que se refere a Espanha, para além de duas grandes concentrações nas zonas de Córdova e da Serra de Monfrague, encontra-se um quantitativo muito interessante pouco a sul de Badajoz, em concreto na área de Alconchel e Olivença. Estes, com facilidade poderão entrar em Portugal. De referir ainda que os pombos em Espanha estão a dispersar-se cada vez mais, espalhando-se assim por uma área cada vez maior, o que também poderá permitir que, pelo menos, alguns voltem ao nosso país.

26.DEZEMBRO

Situação praticamente sem alterações. Notícias de alguns pombos na zona do Crato e pouco mais.

29.DEZEMBRO

Provavelmente oriundos do núcleo que se encontrava abaixo de Badajoz, apareceram pombos na zona de Arronches, Barbacena e Campo Maior. Caçadas nos 20/30, no fim-de-semana.

Em Espanha, a situação sofreu poucas alterações. Os pombos continuam em Coria e Moraleja, sobretudo em coutos de caça maior, com muita comida, e onde não se atira. Por esta razão as caçadas não têm sido boas. Na zona de Córdova, o Vale de Pedroches tem muito menos pombos. A possibilidade de caçar todos os dias na Andaluzia origina uma pressão muito grande, obrigando os pombos a mudar.

05.JANEIRO

Dois grandes núcleos, contabilizando mais de um milhão de pombos, ambos em Espanha. Um na zona de Coria, perto de Castelo Branco e a pouco mais de 20 Km da fronteira, outro entre a zona a sul de Badajoz e a zona a norte de Huelva, com especial incidência em Paymogo, muito perto de Mértola e do Parque Natural do Vale do Guadiana.

Em Espanha, aumentou o contingente a dormir na Serra de Monfrague. Continuam muitos pombos na zona de Monastério, a sul de Badajoz, e em Córdova.

12.JANEIRO

Situação sem alterações significativas. Mantêm-se os núcleos reportados há uma semana. Naquelas zonas há muita bolota de azinho e a pressão cinegética é reduzida, o que faz prever que os pombos não se irão movimentar de forma significativa.

Entre nós, os pombos que ainda aparecem serão pouco mais do que os residentes. Um ano para esquecer.

19.JANEIRO

Os pombos que se encontravam em Coria mexeram um pouco com a mudança de tempo. No essencial, espalharam-se um pouco mais. São menos pombos e bandos menores. Algumas boas caçadas em Torrejon del Rubio e Placência.

Por cá tudo na mesma. Os pombos são muito poucos. Alguns pombos em Idanha.

23.JANEIRO

Nos dois últimos dias ocorreram algumas mexidas. Os pombos que se encontravam em Cória, Extremadura espanhola,  espalharam-se mais, originando um aumento dos quantitativos na zona de Idanha-a-nova e Segura. Foram vistos alguns bandos a circularem na zona fronteiriça perto de Arronches.

26.JANEIRO

Entre nós os pombos, salvo alguns pequenos quantitativos aqui e ali, muitos deles constituídos possivelmente por pombos residentes, continuam na zona de Segura / Idanha-a-Nova.

Em Espanha a situação continua sem grandes alterações, embora os pombos estejam cada vez mais espalhados.

30.JANEIRO

O mau tempo fez com que os pombos que se encontravam na zona de Cória se encostassem mais para o “nosso lado”. Bastantes pombos na zona do Rosmaninhal, Idanha-a-Nova e Segura.

02.FEVEREIRO

Com o vento forte de noroeste e de oeste que soprou desde sexta-feira até ontem, os pombos que se encontram em Espanha deslocaram-se maioritariamente no sentido este-oeste, o que originou uma presença maior em Portugal, embora tal se tenha verificado somente a norte. Apesar disso, já se assinala uma presença relevante de pombos na zona de Navalcan – Toledo, ou seja, a uma distância significativamente grande da fronteira.

Boas caçadas na zona do Rosmaninhal no sábado e na zona de Monfortinho no domingo.

 09.FEVEREIRO

Os poucos pombos que ainda estavam entre nós estão a movimentar-se para nordeste, a iniciar o seu trajecto de volta aos países de origem.

Em Espanha, uma boa concentração em Ciudad Rodrigo, Província de Castilla-Leon, onde já não se caça em FEVEREIRO. Pombos ainda na zona de Córdova e na Serra a norte de Sevilha (Andaluzia), e pombos a dormir na Serra de Miravete, a comer em Navalmoral de la Mata e Oropesa (Extremadura).

16.FEVEREIRO

Para a maioria, a caça aos pombos desta temporada já terminou, ou terminará na próxima quinta-feira. Tratou-se de um ano (mais um) para esquecer. Os pombos estiveram entre nós apenas durante o mês de NOVEMBRO, enquanto predominaram os ventos do quadrante sul e a chuva. Com o vento norte e os dias de sol, os pombos saíram na direcção de Espanha, onde encontraram comida, e não mais voltaram.

Em Espanha, a sul, pombos em quantidade na serra entre Sevilha e Badajoz. A norte, vão saindo cada vez mais para o interior, em direcção aos montados da zona de Talavera de la Reina (Navalcan).

2013-2014

03.NOVEMBRO

De Espanha vem a informação que os pombos que passaram em grande quantidade os Pirinéus na passada quinta-feira encontram-se ainda no norte, pela zona de Burgos. Na Serra de São Pedro, passam algumas, mas seguem direito a Portugal.

Por cá, vêm-se algumas garfas mas quase sempre na direcção sudoeste, direito à costa. A zona de Palma / Pinheiro já tem quantidades apreciáveis, mas ainda assim, muto abaixo do normal. Sta. Margarida do Sado também já tem alguns torcazes. Alguns no Canal Caveira e na zona de Odemira. As aberturas deverão maioritariamente ocorrer na próxima quinta e, sobretudo no próximo domingo.

07.NOVEMBRO

Lavre, Sabugueiro, Cabeção … bastantes garfas, muito altas, todas direito ao mar. Já não há pombos em quantidade significativa em Espanha. As zona de Palma / Pinheiro / Sta. Margarida estão a ficar muito bem compostas. Aberturas maioritariamente no domingo.

11.NOVEMBRO

Aberturas na maioria dos coutos da zona de Palma / Alcácer e Grândola. Muitos pombos vistos mas a fazer-se mal e outros muito altos. Caçadas genericamente abaixo da expectativa. Apenas quatro portas, junto da maior dormida na zona de Palma, com caçadas acima da centena, o que é invulgar para uma abertura.

Ontem e hoje entrada de bastantes pombos vindos de sul para a dormida na zona de Sta. Margarida do Sado.

Em Espanha, contrariamente ao habitual nesta altura, muito poucos pombos. Algumas caçadas no sábado na zona de Cedillo.

Hoje, grande movimentação em França, com a chegada de muitos pombos vindos do norte, sobretudo da Suécia. Não se encontram muito longe dos Pirinéus, embora a previsão do tempo para os próximos dias não seja boa, o que esperemos não venha a impedir a sua passagem. Esta talvez se dê na próxima sexta-feira, com a ligeira melhoria do tempo, altura em que as contagens já estão encerradas.

14.NOVEMBRO

Zona de Palma / Pinheiro /Alcácer / Grândola / Sta. Margarida do sado com muitos pombos. Caçadas melhores que as que ocorreram no passado domingo. Os pombos já desceram até Alvalade do Sado.

Mesmo com mau tempo, entrada significativa nos Pirinéus. Um quantitativo que se estima superior a 300 000 pombos passou hoje os Pirinéus, como se sabe, já com as contagens encerradas. Esses pombos foram ficar em Ávila.

18 NOVEMBRO

Tal como antecipado pela PAIXÂO AZUL há uma semana, a passagem de torcazes pelos Pirinéus, já iniciada na passada quinta-feira, teve um pico na sexta-feira e prolongou-se até sábado, tendo passado seguramente mais de meio milhão de pombos.

Boas caçadas, com várias acima da centena, no sábado, na Serra de São Pedro, Extremadura Espanhola.

No domingo, mantiveram-se os resultados na zona do Pinheiro Francês. Menos pombos em Palma, Grândola e Sta. Margarida.

Boas caçadas em Alvalade do Sado e pombos a comer na zona do Cercal.

Pombos de entrada na zona de Portalegre e boas caçadas em Ponte de Sor, Aldeia Velha, Galveias e Couço.

Os pombos que dormem em Vendas Novas e que permitiram boas caçadas até 5ªfeira, estão agora a comer no Lavre e em Cabrela.

22.NOVEMBRO

Mais pombos a chegar ao Pinheiro Francês. Deverão ser os que estavam a dormir na zona de Vendas Novas.

Caçadas fracas na zona de Palma / Pinheiro / Sta. Margarida/ Grândola / Alvalade do Sado. Pombos muito agarrados, sem mexerem devido ao tempo muito escuro.

Em Espanha, o contingente que atravessou os Pirinéus na passada semana, encontra-se estranhamente “agarrado” na zona de Burgos, com neve, a comer erva nas semeadas.

25.NOVEMBRO

Situação quase sem alteração. Uma quantidade muito grande de pombos no Pinheiro Francês. No domingo, caçadas muito fracas em toda a zona de Palma e Alcácer. Voltaram pombos em quantidade a Sta. Margarida do Sado (vindos de norte). Alguns pombos mantêm-se em Segura. Relativamente ao resto, poucas referências.

De Espanha, poucas notícias. Apenas de referir que continuam cerca de 300 000 pombos na zona de Burgos, local onde a comida é muito pouca e que se espera venham para sul nos próximos dias.

29.NOVEMBRO

Pombos saíram ontem de manhã da dormida do Pinheiro Francês para sul. Voltaram novamente à tarde, mas, aparentemente, em menor quantidade. Caçadas fracas.

Umas dezenas de milhar de pombos em Sta. Margarida do Sado. Pombos a dormir em Vendas Novas (Bragança).

02.DEZEMBRO

Situação anteriormente reportada sem alteração. A esmagadora maioria dos torcazes continua a dormir na dormida do pinheiro Francês, com a diferença de que agora saem para sul, o que já permitiu algumas boas caçadas ontem nas zonas de caça adjacentes. Continuam alguns pombos a dormir em Vendas Novas. Excluindo as situações referidas, as restantes são apenas residuais.

06.DEZEMBRO

Os pombos continuam a dormir no Pinheiro Francês, embora não tenham dado boas caçadas na zona. Saíram para comer na direcção Casebres e Cabrela onde se fizeram ontem boas caçadas. Menos pombos a dormir em Vendas Novas.

Muito poucos pombos em Espanha, algo que não tem sido normal nos últimos anos em DEZEMBRO.

09.DEZEMBRO

A maioria dos cerca de milhão e meio de pombos que se encontravam na dormida do Pinheiro Francês não voltou ontem à tarde. Bastantes pombos a comer em Odivelas e no Torrão. Pombos em Canha e em Mora. Grandes bandos direcção nordeste sobre Vendas Novas. Muitos pombos ontem à tarde no Couço.

Os pombos que se encontravam em Burgos já desceram. Os únicos pombos que se encontram na Extremadura Espanhola estão na dormida do Rincon (SSP) e são em muito menor quantidade do que é habitual para a época.

16.DEZEMBRO

O pombos continuam a dormir no Pinheiro Francês mas saem para longe para comer. Caçadas más em toda a zona, incluindo Palma. Mantém-se alguns pombos na zona de Sta. Margarida do Sado, especialmente a dormir. Muitos pombos em Vendas Novas e Ciborro. Também já chegaram a Santana do Mato e ao Sabugueiro.

23.DEZEMBRO

Muito menos pombos a dormir no Pinheiro Francês, com caçadas praticamente nulas. Já é perfeitamente clara a movimentação para nordeste, típica de DEZEMBRO. Apesar disso ainda há muito pombos a dormir mais a sul, em Sta. Margarida do Sado. Vão comer para norte.

Muitos pombos a dormir na Bragança, em Vendas Novas. A quantidade de pombos que se encontrava no Sabugueiro tem vindo a diminuir, embora exista um bom quantitativo a comer nas reservas da área de São Pedro da Gafanhoeira. Grandes cordões a passarem na zona de Brotas.

Os pombos já chegaram a Évora Monte e ao Vimieiro. Boas caçadas na zona da Igrejinha, com a dormida cheia.

Em Espanha apenas quantitativos residuais. Excepção para Cadiz, onde se encontra um núcleo numeroso.

27.DEZEMBRO

Tal como tem vindo a ser normal nos últimos anos, neste final de DEZEMBRO os pombos no Pinheiro Francês e em Palma são apenas residuais.

Ontem de manhã muitos torcazes a saírem das dormidas de Sta. Margarida do Sado e a comerem entre esta localidade e Ferreira do Alentejo.

Os pombos que desde NOVEMBRO dormem em Vendas Novas são agora muito poucos. Mantém-se ainda pombos a comer no Sabugueiro.

Muitos pombos na zona da Igrejinha, Évora Monte e Serra de Ossa.

Bastantes pombos a dormir na zona de Foros do Arrão e Montargil. Também já começaram a aparecer na zona de Portalegre.

Relativamente à presença de pombos em Espanha, reportamos agora a sua presença já em quantidade razoável a sul de Badajoz e na zona de Pozoblanco, a norte de Córdova.

30.DEZEMBRO

Os pombos já chegaram em quantidade à zona de Portalegre, Alter do Chão, Arronches, Monforte e Crato.

A Igrejinha que durante algum tempo teve a dormir uma quantidade muito relevante de torcazes ficou vazia no domingo. Esses pombos deslocaram-se para sul e estão agora na zona de Alcáçovas, Casa Branca, Torrão e Ferreira do Alentejo.

Em Ourique apareceram também os primeiros torcazes deste ano.

Relativamente a Espanha, aumentou a quantidade de pombos a sul de Badajoz, com algumas caçadas muito boas. Já apareceram pombos na zona de Valência de Alcântara, muito perto da Serra de São Pedro.

03.JANEIRO

Pressionados pelos ventos do quadrante sul. a grande concentração de pombos em Portugal está muito a sul e relativamente junto ao litoral. Muitos pombos (de novo) em Sta. Margarida do Sado, Ferreira do Alentejo, Alvalade do Sado e Garvão. Ontem, devido ao mau tempo, as caçadas foram naturalmente sofríveis.

Em Espanha, já há bastantes pombos no Rincón de Azagala, a dormida principal da Serra de São Pedro. Têm vindo, nos últimos dias, da zona de Portalegre.

0 6.JANEIRO

Muitos pombos a dormir em Sta. Margarida e a comer na zona de Odivelas / Torrão. Pombos em Ferreira do Alentejo. Muitos pombos a dormir em Alvalade do Sado. Pombos em Garvão (Ourique). Mais para norte, a zona de Monforte também está com um contingente de pombos apreciável.

Em Espanha aumentam os pombos a dormir na dormida principal da Serra de São Pedro (Rincon).

10.JANEIRO

O núcleo principal de pombos deslocou-se mais para norte. Ficaram poucos pombos na zona de Alvalade do Sado e dormem muito menos em Sta. Margarida do Sado. Continuam a comer na zona de Odivelas, Torrão, V. N. Baronia, Alvito, Viana do Alentejo e Alcáçovas. Este núcleo estende-se até Nª. Srª. de Machede. Dormem bastantes na Serra de Valverde.

Em Espanha, tudo na mesma. O núcleo maior continua na Serra de São Pedro, saindo normalmente na direcção de Aliseda.

Salvo pequenas excepções, as caçadas são muito sofríveis. Perante a enorme quantidade de comida existente os bandos continuam muito grandes, pousando normalmente em zonas onde não se caça, permanecendo aí durante todo o dia. Em alguns locais, onde nos dias anteriores à caçada estão pombos em quantidade, logo aos primeiros tiros os bandos saem e não voltam.

13.JANEIRO

Os pombos estão muito dispersos e mantêm-se muito agrupados.

Os torcazes que estavam no dormida de Valverde saíram para sul e não voltaram. Sairam na direcção de Viana.

Com o vento sul ,as dormidas na zona de Sta. Margarida voltaram a encher ontem e, sobretudo, hoje.

Alguns pombos na zona de Monforte e Barbacena.

Em Espanha, a dormida principal na Serra de São Pedro já alberga um grupo bastante numeroso de torcazes. Continuam muito agrupados e vão comer longe na direcção de Aliseda. Já se fazem algumas caçadas na zona se Torrejon del Rubio mais a norte. O vale de Pedroches, a norte de Córdova, local com muita querença e quem tem estado deserto, já permitiu algumas boas caçadas no fim-de-semana.

17.JANEIRO

Os pombos estão muito difíceis este ano. Continua um bom contingente na zona de Ferreira, Torrão, Odivelas, Alvito, V.N. Baronia. Ontem, vindos de sul, voltaram mais alguns a dormir na zona de Sta. Margarida do Sado.

Continuam pombos em Barbacena e Monforte, sobretudo a comerem em aparcamentos de gado.

20.JANEIRO

O vento rijo de Noroeste veio animar aqueles que puderam caçar em zonas onde se encontravam há já algum tempo os pombos, quase sem serem tocados. Não só os bandos grandes se partiram quase completamente, como aqueles voavam à altura das copas das árvores. Nos casos onde fez menos vento ou quando o vento diminuiu um pouco a partir das 14/15 h, também se faziam muito bem às negaças, sobretudo às varas verticais (sobe-e-desce). Tudo isto se traduziu num dia muito bom de caça aos pombos.

Caçadas boas (ou muito boas, com mais de 100 pombos) em Sta. Margarida do Sado, Canal Caveira, Figueira de Cavaleiros, Ferreira do Alentejo, Viana do Alentejo, Torrão, V.N. Baronia, Sta. Susana e Serra de Portel.

Em Espanha, os pombos saíram da dormida do Rincon, onde ficou apenas uma quantidade residual. No domingo, boas caçadas mais a sul, na zona compreendida entre Puebla Obando, Nava de Santiago e o Parque de Cornalvo.

27.JANEIRO

Mais um fim-de-semana sem grandes alterações. Para além dos pombos que se encontram dispersos, devido ao excesso de comida, o maior núcleo movimenta-se relativamente pouco. Este ano “a lande tem mais força do que o vento“. Os pombos continuam em Sta. Margarida do Sado (sempre), Ferreira do Alentejo e Figueira de Cavaleiros. Desceram também um pouco mais antes do fim-de-semana até à zona de Alvalade do Sado (novamente), tendo mesmo chegado no sábado a Garvão, perto de Ourique.

No domingo as caçadas forma genericamente más, devido ao tempo enublado, que fez com que os pombos não entrassem de maneira nenhuma às armações.

Em Espanha as coisas também não correm bem. Contrariamente ao que é normal para a época, o único núcleo relevante encontra-se a dormir a sul da Serra de São Pedro, na dormida de Vale de La Torre. Tal como cá, os pombos procuram apenas as zonas de sobro para comer. Algumas caçadas razoáveis na zona de Puebla Obando no sábado.

31.JANEIRO

O núcleo principal mantem-se a dormir em Sta. Margarida do Sado e sai para nordeste / leste, para comer, direcção Ferreira do Alentejo (boas caçadas) e Odivelas. Algumas boas caçadas também na zona do Vimieiro e na zona entre Monforte e Baracena.

3.FEVEREIRO

Ontem boas caçadas na zona de Figueira de Cavaleiros / Ferreira do Alentejo. Os pombos, que dormiam em quantidade na zona de Sta. Margarida do Sado, saíram pela manhã para sul e voltaram muito menos. Estes pombos deram algumas boas caçadas mais para sul (Canhestros, Fornalhas, Alvalade). Uma boa quantidade de pombos dorme na zona do Vimeiro, sobretudo (mas não só) nas Romeiras.

10.FEVEREIRO

Sem grandes alterações. Muitos, mesmo muitos, pombos na zona entre Sta. Margarida do Sado e Ferreira do Alentejo. Com excepção destes, não considerando algumas pequenas concentrações residuais “aqui e ali”, há apenas um núcleo digno de registo na zona do Vimieiro.

17.FEVEREIRO

Novamente boas caçadas (mais uma vez) na zona entre Sta. Margarida e Ferreira do Alentejo. A zona do Vimieiro ficou sem pombos.

 

2012/2013

31.OUTUBRO

A maioria das herdades na zona de Palma e Alcácer, apresentam quantitativos que sem serem excepcionais, já se podem considerar satisfatórios. A maioria das reservas na zona vai abrir no dia 1, amanhã.

A zona de Grândola / Sta. Margarida do Sado também tem já muitos pombos. A zona de Sta. Margarida do Sado e a zona de Alvalade do Sado estão cheias de pombos. Aparentemente a maior concentração que, nesta altura, costuma estar na zona de Alcácer do Sal e Palma, deslocou-se este ano um pouco mais para sul.

Há muitos pombos na zona de Portalegre / Alter-do-Chão. Estão a deslocar-se para sudoeste, direito à costa, para se juntarem com os que já lá se encontram.

01.NOVEMBRO

Passaram quantitativos relevantes na zona do Sabugueiro. As aberturas na zona de Alcácer e Palma correram abaixo do esperado.

03.NOVEMBRO

Os pombos, que se encontravam na zona de Sta. Margarida do Sado, deslocaram-se mais para norte, chegando em quantidades significativas à zona de Palma e Monte Novo.

04.NOVEMBRO

Dia com muita chuva e impróprio para caçar. Caçadas abaixo do normal para a época em Palma / Pinheiro / Monte Novo, embora algumas delas com bons números. Aberturas sofríveis na zona de Sta. Margarida do Sado. Informações (por confirmar) sobre caçadas interessantes na zona de Montemor e Pavia. Ferreira do Alentejo e Alvalade do Sado (por abrir) com bastantes pombos.

08.NOVEMBRO

Boas caçadas na zona de Alcácer / Monte Novo / Pinheiro. Foram vistos muitos pombos, havendo locais onde todo o dia passaram em contínuo. Também tivemos notícia de boas caçadas entre Lavre e Montemor e ainda na zona da Serra de Ossa. Há também pombos em números muito significativos na zona de Sta. Margarida do Sado. Alvalade do Sado continua com bastantes pombos, esperando-se boas caçadas no próximo domingo, dia em que irão ter lugar várias aberturas na zona.

11.NOVEMBRO

Muito boas caçadas na zona de Montemor. Também se fizeram caçadas muito boas em Sta. Margarida do Sado, com a principal dormida completamente cheia, albergando possivelmente o maior contingente de pombos. Já se caçaram torcazes um pouco por todo o lado, confirmando o excelente ano que estamos a ter. De referir também que os torcazes já chegaram a Ourique em quantidade muito apreciável. Algumas das reservas da zona irão iniciar a actividade no próximo domingo.

18.NOVEMBRO

Boas caçadas na zona de Sta. Margarida do Sado, Alvalade do Sado e Pinheiro. A dormida na Aniza tem muitos pombos que se deslocam para sueste para comer. A zona de Odivelas está também muito bem e os montados logo abaixo de Ourique estão cheios.

A dormida do Rincón de Azagala, na Sierra San Pedro, alberga um número da ordem dos 800 000 torcazes.

Tivemos também informação de que na passada semana terá havido uma outra grande passagem nos Pirinéus, já depois de encerradas as contagens.

22.NOVEMBRO

Os pombos começam a ir ao azinho. Caçadas muito boas a sul de Ourique. A dormida da Aniza em Sta. Margarida do Sado continua com muitos pombos, embora a comerem mais a sul. Algumas caçadas razoáveis na zona Palma/Pinheiro, mas com números a diminuirem de forma clara, apesar da dormida nesta última continuar com bastantes pombos.

Houve uma entrada impressionante de pombos na dormida do Rincón.

25.NOVEMBRO

Os torcazes estão a agrupar-se, tal como é típico no mês de DEZEMBRO. Neste momento, existem três grandes concentrações de pombos: dormida da Herdade do Pinheiro, dormida da Aniza (Sta. Margarida do Sado) e Ricon (Sierra San Pedro – Estremadura Espanhola). Em qualquer destes locais os quantitativos são muito grandes. Apesar disso, devido ao mau tempo, as caçadas do passado fim-de-semana foram muito fracas.

Para além dos núcleos referidos, estão alguns pombos na zona do Crato e ainda na zona de Évora Monte e Vimieiro.

29.NOVEMBRO

Muitos pombos em Sta. Margarida do Sado, com caçadas muito boas. Bastantes pombos a dormir no Pinheiro.

Desde o Domingo 25 de NOVEMBRO que os pombos se encontram de forma repartida nas diferentes dormidas na SSP, deixando de estar maioritariamente na dormida do Rincón.

02.DEZEMBRO

Com o vento norte, os pombos começaram a subir. Tal como vem sendo tradição no início de DEZEMBRO, já estão na zona da Serra de Ossa. A Serra de São Pedro, na Estremadura Espanhola, concretamente nas dormidas de Villa Nueva e Campo Macias, já têm muitos pombos. A dormida da Aniza, em Sta. Margarida do Sado, continua com um bom quantitativo de torcazes. Pelo contrário, a dormida da Herdade do Pinheiro tem muito menos pombos. Boas caçadas na zona de Sousel.

06.DEZEMBRO

Mesmo com o mau tempo, boas caçadas na zona da Igrejinha, Vimieiro e Azaruja.

09.DEZEMBRO

Os pombos começam a andar algo dispersos. Algumas boas caçadas na zona do Vimieiro. Continuam a existir bons quantitativos na zona de Sousel e Crato. Bastantes pombos em Cedillo, Espanha, e também uma quantidade significativa na Serra de San Pedro.

Desde hoje que a dormida de Rincón de Azagala e Pajonales começou a ter novamente muitos pombos, derivado de uma entrada muito importante vinda de Portugal.

12.DEZEMBRO

Desde segunda-feira que chegam muitos pombos à dormida do Rincon, na Serra de San Pedro, Extremadura espanhola. Também estão muitos pombos a dormir na dormida de Vale de la Torre, perto de Pueblo Obando, na mesma serra, mas mais a sul.

Apesar de a dormida do Rincón ter pombos em quantidade, esta foi excedida pelos quantitativos existentes em Vale de LaTorre.

18.DEZEMBRO

Os pombos continuam em quantidade na dormida de Vale de la Torre, na Serra da San Pedro. Entre nós, o núcleo mais forte encontra-se na zona que vai de Sousel a Portalegre. A dormida das Romeiras continua com muitos pombos. Alguns pombos voltaram a Sta. Margarida do Sado e Ferreira.

20.DEZEMBRO

Grandes concentrações de pombos, normalmente em grandes bandos, como é típico de DEZEMBRO, na zona de Monforte e Crato/Flor da Rosa. A serra de São Pedro, em Espanha, continua também cheia de torcazes.

23.DEZEMBRO

Os pombos mantêm-se na zona de Monforte e Crato. Também continuam em bom número na Serra de São Pedro.

27.DEZEMBRO

Ontem assistimos a uma deslocação maciça dos torcazes para norte. A grande concentração que se encontrava na Serra de São Pedro, na Extremadura Espanhola, subiu para a zona de Cedillo e Salorino. Não são boas notícias para nós…

Por cá, os pombos continuam a dormir em quantidade na zona do Crato / Flor da Rosa.

30.DEZEMBRO

Mantém-se a situação anteriormente relatada. Os pombos continuam em grande número na Serra de São Pedro. Subiram para norte e dormem no Rincón, a dormida grande.

03.JANEIRO

Apareceram pombos em razoável quantidade em Portalegre e na zona da Serra de Ossa.

06.JANEIRO

Boas caçadas na zona da Igrejinha. A maior concentração de pombos continua a dormir no Rincón, Serra de São Pedro, Extremadura Espanhola, e saem para comer a norte. Muitos pombos na zona de Cedillo, perto da fronteira com Portugal.

07.JANEIRO

Bastantes pombos na zona a norte de Huelva, perto da fronteira com Portugal. Este núcleo estende-se até à zona de Mértola.

13.JANEIRO

Poucas alterações à situação anteriormente relatada. Pombos a norte de Huelva perto da fronteira com Portugal (Paymogo), na zona de Mértola e Corte Pinto. Pombos a dormir no Rincón, na serra de san Pedro. Boas caçadas perto de Badajoz (em Villafrancos). Por cá continua muito sofrível. Alguns pombos entre Vimieiro e Extremoz.

17.JANEIRO

No essencial, mantém-se a situação anteriormente reportada. Algumas boas caçadas na zona de Mértola. A maior concentração de torcazes encontra-se em Espanha, entre Badajoz e Huelva.

20.JANEIRO

O mau tempo de sábado, com vento muito forte, fez mexer um pouco os pombos, mas na maioria dos casos, na direcção que, a nós portugueses, menos interessa. Assim, apareceram torcazes em grande quantidade na zona de Villanueva, a norte de Córdova, já bastante longe da fronteira com Portugal, tornando muito provável o seu retorno. Também apareceram pombos já na zona de Torrejon el Rubio, perto de Monfrague, zona a que, normalmente, corresponde um ponto de não retorno, no que se refere ao nosso país. Por cá, no sábado, dia 19, muito pombo a mexer na zona do Vimeiro e Serra de Ossa. Circularam por toda essa zona, possivelmente pela dificuldade de se manterem poisados. No domingo já foram vistos muito poucos por essa zona. Alguns pombos a circular na zona do Escoural. Também algumas boas caçadas na zona de Mértola.

24.JANEIRO

Os torcazes já estão em quantidade na Serra de Miravete, Parque Nacional de Monfrague, em Espanha a cerca de 150 Km de Portugal. Por cá, apareceram pombos em quantidade razoável na zona do Rosmaninhal / Monfortinho.

27.JANEIRO

A maior concentração de torcazes encontra-se em Espanha na zona entre Turrejon el Rubio, Monroy e a Serra de Miravete, Parque Nacional de Monfrague. Em Portugal há cada vez menos pombos. Aqueles que se encontravam na zona do Vimeiro, já são em número muito menor. O mesmo se aplica aos que se encontravam na zona de Mértola. Alguns pombos na zona de Castelo Branco.

31.JANEIRO

Os pombos movimentaram-se ainda mais para norte. Com as altas temperaturas registadas e com o bom tempo verificado, vários bandos (ainda pequenos) começaram a passar os Pirinéus, na direcção de França. Mesmo os torcazes que se encontravam na zona a norte de Huelva, até à fronteira com Portugal, zona de Mértola até Barrancos, estão a subir. A maior concentração continua na zona de Turrejón El Rubio e tem estado a aumentar.

03.FEVEREIRO

Por cá, razoáveis quantitativos de pombos na zona de Idanha-a-Nova (Segura / Rosmaninhal), local onde se encontra a maior concentração. Houve também alguma movimentação de bandos desde a zona do Alqueva (algumas boas caçadas), passando por Reguengos e subindo o Djebe até à zona de Sta. Susana (Redondo). Boas caçadas na zona de Safara.

Em Espanha não houve grande alteração à situação anteriormente reportada. Alguns pombos a sul de Badajoz. Voltaram também em quantidade à Serra de Aracena.

07.FEVEREIRO

Os pombos já se movimentam soltos ou em pequenos bandos, o que facilita os abates. Continuam na zona de Idanha-a-Nova (Segura / Rosmaninhal), local onde se verificaram caçadas muito boas. É neste local que se encontra a maior concentração. Verificaram-se ainda boas caçadas na zona de Safara / Barrancos que se estenderam à zona a norte de Mértola.

10.FEVEREIRO

Situação anterior sem grandes alterações. Os pombos continuam na zona do Rosmaninhal e na zona de Safara / Barrancos.

Nov 13

O AGUARDO NA CAÇA AOS POMBOS TORCAZES COM VARA

 INTRODUÇÃO

Embora possa parecer uma questão menor, na realidade, quem pretende ter algum êxito na caça aos pombos necessariamente terá que dominar a técnica de construção dos aguardos, sejam eles naturais ou artificiais. Não é possível fazer uma boa caçada se o negaceiro e restantes companheiros nas madrinhas não estiverem muito bem tapados. É determinante que os “muitos olhos” de um bando de torcazes em aproximação não possam vislumbrar na nossa armação uma ameaça.

A construção de um aguardo de qualidade, utilizando apenas matéria natural, ramagens ou mato, muito utilizada no passado pelas diferentes gerações de pombeiros, por ser difícil e demorada, é hoje quase uma arte, ficando, por isso, fora do âmbito deste artigo.

Embora a construção de um aguardo seja matéria relativamente simples, não é bem dominada por muitos e espero que mesmo os que são já experientes neste tipo de caça possam aprender algum pormenor útil nas linhas que se seguem.

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OBJECTIVO

O aguardo deverá permitir encobrir os caçadores durante todo o lance de caça, isto é, desde que se começa a chamar os pombos até ao seu abate. Para isso deverá estar completamente mimetizado com o ambiente que o rodeia, mas também deverá permitir ao negaceiro visualizar os torcazes em aproximação sem os alertar, enquanto trabalha com as varas e, eventualmente, procede ao lançamento de pombos cegos ou espanholas. O aguardo deverá ainda permitir que os disparos se façam com a necessária visibilidade e com o atirador sem estar em equilíbrio precário, de modo a não aumentar, desnecessariamente, os tiros errados.

Por outro lado, o aguardo também deverá ser instalado de forma relativamente rápida e deverá resistir ao vento, sem varejar ou mesmo cair. Normalmente o aguardo principal da armação deverá permitir a ação de um negaceiro e de uma espingarda, devendo os das madrinhas (uma  ou duas) albergar apenas um ocupante com espingarda.

Foto 1

                                                            Completamente mimetizado…

 LOCALIZAÇÃO

A localização do aguardo principal necessariamente deverá ocorrer, com o vento pelas costas, sob a copa de um sobreiro ou azinheira, mais ou menos recolhido, consoante a época do ano. Importa sempre ter em conta que é necessário poder atirar em condições de não errar, mas também não podemos ficar demasiadamente expostos sobre a cabeça, pois corremos o risco de espantar os pombos. Este aspeto é ainda mais relevante quando os pombos voam altos e muito agrupados, normalmente entre o final de Novembro e o início de Janeiro. Nesta altura do ano, uma armação que possua os aguardos demasiadamente salientes relativamente às copas, visando facilitar os tiros, pura e simplesmente é muito pouco eficaz, provocando a fuga da maioria dos bandos. Nesta fase, os bandos quando entram à armação, fazem-no rodando várias vezes em espiral sobre o local onde estamos armados, pelo que se não nos encontrarmos devidamente tapados por cima e por trás, empreendem imediatamente a fuga.

Embora se observem os mesmos princípios do aguardo principal, no que toca ao equilíbrio entre a facilidade do tiro e a necessidade de o caçador se encontrar completamente dissimulado dos bandos a entrar à armação, a localização das madrinhas é muito variável, tendo a ver essencialmente com dois aspetos: saída dos pombos e qualidade do atirador. A maneira mais trivial consiste em colocar uma madrinha perto do aguardo principal, na linha de saída dos pombos, também de costas para o vento. Embora menos agradável, por não permitir disfrutar de igual modo os lances, sobretudo para um bom atirador, também é muito eficaz colocar a madrinha de costas para a entrada dos pombos, i.e. virada para o aguardo principal, também na linha de saída dos pombos. O caçador ou caçadores que se encontram nas madrinhas devem sempre aguardar pela indicação do negaceiro para realizar o disparo. Alternativamente, no caso de se encontrar uma arma no aguardo principal, deverá ser este a realizar o primeiro disparo.

ESTRUTURA

No essencial, um bom aguardo é suportado por uma estrutura metálica, preferencialmente em ferro, para lhe dar estabilidade e para resistir melhor em dias de vento. Essa estrutura é coberta por um pano camuflado, sendo todo o conjunto, posteriormente, coberto por uma rede camuflada.

O acabamento é feito através de ramagens colocadas sobre a rede camuflada de modo a que tudo fique completamente mimetizado com o ambiente circundante. A rama deve ser colocada com o cuidado de deixar virado para o exterior a folhagem mais escura e sem brilho, tal como ocorre no coberto vegetal que nos rodeia.

Foto 2

ALTURA

Os aguardos suportados por uma estrutura metálica, em ferro, permitem fazer variar a sua altura até, normalmente, um máximo de 1,80 m. Esta possibilidade é determinante para um ajustamento perfeito, que deverá ser feito considerando a altura dos olhos do negaceiro. Deste modo este pode olhar até ao horizonte, sobre o aguardo e através das ramas que se encontram colocadas no topo, sem se expor em demasia a ser visto.

Embora, do nosso ponto de vista, todos os caçadores que se encontram na armação devessem também proceder da mesma forma, aconselhamos que, pelo menos o negaceiro possua na cara uma rede camuflada que vai impedir que seja visto a grande distância pelos torcazes. Com alguma atenção, verificamos que a cara contrasta bastante com o meio envolvente à armação e, se isso é evidente para nós, o que não acontecerá com os pombos, que têm uma acutilância visual muito superior à nossa.

Existem já redes no mercado que são muito ergonómicas e que “nem as sentimos” quando estamos em ato de caça. Não duvidamos que esta constitui uma mais-valia sobretudo porque, desde que não se façam movimentos bruscos, podemos olhar sobre o aguardo com muito mais confiança em não sermos vistos, algo muito importante, tanto para o negaceiro como para o atirador.

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Rede facial camuflada

MANOBRA DAS VARAS

Como todos sabem, o negaceiro atua as varas a partir do aguardo através de fios de comando. A operação destes fios pode ser feita de diversas formas, no entanto aquela que nós praticamos e que mais aconselhamos consiste em traccionar os fios, passando-os por aberturas no pano do aguardo. Estas deverão estar à altura das mãos, de modo a que o negaceiro possa trabalhar sem ter que se baixar, possibilitando seguir os pombos em todos os momentos ao longo do lance, sempre com os olhos à face do limite superior do pano ou da rama.

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Abertura para passagem do fio 

DETALHES ADICIONAIS

Resmalho

Muitos caçadores de pombos consideram que o aguardo deve estar colocado à sombra para não ser visto. Embora esta colocação seja desejável, normalmente não é possível, pois é imperativo que a armação esteja colocada com o vento pelas costas. No entanto, sabendo que os bons dias de caça aos pombos ocorrem com sol e céu descoberto, ou seja, no outono e no inverno, com ventos do quadrante norte, então será fácil concluir que estaremos maioritariamente virados para o quadrante sul, com o sol pela cara e não como seria desejável, à sombra. Este facto põe um problema: muitos tiros são feitos em condições precárias devido ao sol.

Existe uma solução que, não sendo perfeita, reduz substancialmente os tiros errados devido ao excesso de luz do sol nos olhos: o resmalho. Este não é mais do que uma vara, com ramagens no topo, colocada na estrutura do aguardo, em posição elevada, de forma a criar sombra nos olhos do atirador. Em vez de ramos há que utilize uma chapa desdobrável, coberta com rede camuflada. É muito eficiente no que respeita ao fim pretendido, mas tem o defeito de poder limitar o swing em tiros a torcazes que cruzem lateralmente a armação.

Colocação do Pano

A colocação do pano camuflado sobre a estrutura metálica deve ser feita até ao chão, para evitar que alguma espanhola que se encontre caída no chão do nosso aguardo possa ficar presa pelos arames da carapuça. Trata-se de algo que, a não ser observado em tempo, se traduz na perda desnecessária de algumas espanholas ao longo da época, por perderem a carapuça.

Arames para fixação de rama

Um pormenor, que ajuda muito a compor rapidamente o aguardo, prende-se com a colocação de arames no topo superior, que vão permitir a fixação expedita de rama, num local onde ela é determinante (ver foto). Acresce ainda que esta rama permite reduzir sensivelmente a quantidade daquela que seria necessária se tivesse-mos de a colocar apenas encostada à nossa estrutura de suporte do aguardo.

Foto 5

Arame para fixação da rama

 Poleiro para Espanholas

Fixo à estrutura metálica do aguardo, deveremos colocar, à altura da mão, um ou mais poleiros, que permitam aí colocar as nossas espanholas em uso. Isso facilita muito a sua utilização.

Foto 6

Poleiro para espanholas ou pombos cegos

Espero que estas linhas vos tenham sido úteis.

Boas caçadas.

Paulo Santana

 

Out 29

NEGAÇAS ESTÁTICAS

Introdução

Tanto nas dormidas como nas imediações do local onde estamos a armar, todos nós, caçadores de pombos, já presenciámos grandes aglomerações de torcazes pousados. Nestas situações, com a devida atenção, percebemos que a grande maioria dos pombos se encontram na periferia da rama, pousados na copa de forma quase estática. Se é verdade que alguns levantam de uma árvore para a outra, ou mesmo da copa para o chão se se estiverem a alimentar, a maioria encontra-se normalmente parada, isto é, estáticos.

FOTO 1 a

FOTO 2 a                                                             Pombos pousados

Pela razão exposta, os pombeiros, no seu afã de montarem uma armação o mais apelativa possível para o seu objecto de caça, os torcazes, de modo a reproduzir com a maior fidelidade possível a situação acima transcrita, desde cedo utilizaram pombos mortos ou, mais tarde, negaças artificiais, para os chamar.

FOTO 3 a

Pombos pousados no chão a comer

A Caça

Todos os que caçam pombos torcazes sabem que no início da caça, até ao final do mês de Novembro, com os pombos de entrada, é muito mais fácil trazê-los à armação, bastando para isso meia dúzia de espanholas e um ou dois pombos de vara. Nesta altura, não é tão relevante a colocação de negaças estáticas. A partir do início de Dezembro até ao final da caça, acontece o contrário. Só os caçadores com mais técnica conseguem ter êxito.

As grandes concentrações que ocorrem em Dezembro, primeiro, e depois, devido ao facto de já estarem muito atirados, em Janeiro e Fevereiro, fazem com que os torcazes se tornem muito desconfiados, entrando muitas vezes mal à armação. Nesta altura, já viram muitas espanholas e pombos de vara. Importa, por isso, aperfeiçoar a técnica.

Sobretudo em Dezembro mas também nos meses que se seguem, os torcazes procuram, essencialmente, pousar onde se encontram as grandes concentrações de pombos, ao invés de um pombo de vara e uma ou duas espanholas no ar, situação em que o “movimento e a força” da armação são mínimos. É um contra-senso pensar que um bando de mil ou dois mil torcazes, já repetidamente atirados, vai cair com facilidade num local onde se encontram um ou dois pombos a “chamar”. Assim, nestes meses, quem pretenda ter êxito, tem de incrementar o número de pombos de vara, que podem chegar a quatro ou cinco, sobretudo verticais, pois são determinantes para dar movimento ao chamariz, e ainda colocar um número importante (não inferior a dez) de negaças estáticas no chão, se se tratar de zona de comida, ou, de forma muito mais apelativa e com muito melhor resultado, nas árvores em que estamos a armar. São estas que permitem que os torcazes entrem francamente, em grande número, à armação, pois é isso que eles estão habituados a ver nessa altura do ano e não um ou dois pombos isolados.

A técnica

Dependendo do local onde estamos a armar, poderemos optar por colocar negaças estáticas no chão, nas árvores, ou ainda por uma solução mista. O seu número deverá ser o maior possível, devendo depender apenas de uma análise custo benefício, isto é, dado tratar-se de uma tarefa que envolve esforço e dispêndio de tempo, a partir de um certo número, deixa de compensar. Por esta razão importa que a metodologia que utilizamos na sua colocação seja o mais expedita possível.

A maioria das negaças nas árvores deverá estar orientada de bico ao vento e deverá estar posicionada quase verticalmente, pois uma inclinação diferente da que é natural poderá ter o efeito contrário, pois passará a ser semelhante a tudo menos a um pombo torcaz.

FOTO 4 a Negaças na árvore

As negaças

Como já referido, as negaças poderão ser constituídas por pombos torcazes anteriormente abatidos, ou por negaças artificiais.

FOTO 5 a Pombos abatidos

Os pombos mortos têm a vantagem óbvia de não poderem causar o efeito contrário ao desejado, isto é, não espantam, embora, para isso, tenham de ser de muito boa qualidade (não estarem nem desfeitos nem em putrefacção) e têm de ser colocados na posição correcta. Pelo contrário, existem vários aspectos negativos que, no nosso entender os tornam piores que os artificiais:

• Nem sempre são fáceis de obter, pelo menos logo no início da caçada;

• Por vezes temos pombos, mas estão com a plumagem em condições tão deficitária que não podem ser utilizados;

• Degradam-se ao sol;

• São fáceis de colocar no solo, mas muito difíceis de colocar em condições na copa das árvores.

Pela razão exposta, limitamos a sua utilização ao solo, em frente do abrigo, em dias não muito quentes e colocados à medida que os vamos abatendo, em armações próprias, muito práticas, no chão (ver foto).

As negaças artificiais existentes são de diversos tipos, pelo que as desvantagens de umas, tal como as vantagens, não são comuns a todas.

Se pensarmos em pombos de plástico, os mais utilizados, então observamos imediatamente a sua grande vantagem: a facilidade de colocação. Através da técnica que se explica no parágrafo seguinte, podemos colocar dez ou vinte pombos, na copa de uma árvore, em cerca de dez minutos. Esta vantagem é comum a todas as negaças artificiais.

Pela negativa, estes pombos de plástico, para além de perderem a cor facilmente em contacto uns com os outros, também a perdem se estiverem em contacto com água, pelo que basta uma pequena chuvinha, para deixarem de ser semelhantes aos torcazes e não poderem cumprir a sua missão. No entanto a sua pior característica tem a ver com o facto de brilharem muito ao sol, o que faz com que possam facilmente espantar os torcazes. Existe uma versão destes artificiais com uma cobertura aveludada, baça, mas que, para além de serem substancialmente mais caros, perdem essa cobertura com muita facilidade pelas mesmas razões acima expostas.

Recentemente, apareceram umas negaças artificiais em borracha de neoprene que constituem uma enorme melhoria neste campo, vindo mesmo revolucionar a caça com negaças estáticas. Estes artificiais são muito mais resistentes do que os seus congéneres em plástico, não brilham tanto (sobretudo ao fim de algum tempo de utilização) e são fáceis de colocar. Pela negativa apenas de referir o facto de serem um pouco mais caras e um pouco mais pesadas. São indiscutivelmente a nossa opção.

FOTO 6 a

Negaças em neoprene

Com o mesmo objectivo, de referir ainda a existência de pombos embalsamados, montados com uma armação em arame. Seriam de longe a solução ideal se não fosse o seu elevado custo.

FOTO 7 a

Pombo embalsamado

A colocação

Tal como referido, os pombos abatidos vão sendo colocados diante do abrigo de modo a que se assemelhem o mais possível a pombos pousados no solo a comer. Existem duas formas adequadas e práticas de o fazer. Ou são deitados no chão com o pescoço esticado e suportado por uma armação em arame, ou, preferivelmente, são colocados numa armação em arame que os envolve completamente e que permite regular a sua altura ao solo. Este aspecto é muito importante, sobretudo se aquele for muito irregular ou estive coberto por erva ou palha.

FOTO 8 a

Suporte em arame para posicionar a cabeça

FOTO 9 a

Armação para colocação de pombos abatidos no solo

A colocação dos artificiais na copa das árvores também pode ser conseguida de forma muito prática. Para isso temos de colocar o nosso pombo em neoprene numa armação metálica com um contra-peso (ver figura) e depois colocar o conjunto na copa, pendurado num ramo, através da utilização de uma vara com um tipo de cilindro oco na extremidade (ver foto). Em dez minutos está o trabalho feito. Esta é também a forma de colocar os pombos na copa das árvores.

FOTO 10 a

Suporte metálico para colocação de artificiaiss na copa

FOTO 11 a

Vara extensível para colocação das negaças

Conclusão

Consideramos que a colocação de negaças estáticas permite tornar a nossa armação muito mais apelativa, sendo relevantes ou mesmo imprescindíveis para quem pretende ter êxito na caça aos pombos com vara, sobretudo, a partir de Dezembro.

A armação deverá ser complementada com dez a quinze negaças artificiais colocadas, da forma que foi referida, nas árvores, e ainda, caso possível, com dez ou quinze pombos torcazes, anteriormente abatidos, no chão, em frente do nosso abrigo.

Atrevam-se a experimentar e, tal como nós, vão ficar adeptos duma técnica que funciona tão bem, que muitas vezes os torcazes entram à armação vindos “do nada”, sem que tenhamos dado por eles previamente.

Boas caçadas.

 

Out 03

AS “ESPANHOLAS” COMO COMPLEMENTO DA CAÇA AOS POMBOS TORCAZES COM VARA

INTRODUÇÃO

Embora se trate de uma matéria bem conhecida por muitos, a Paixão Azul entendeu produzir um texto sobre as nossas espanholas, por se admitir poder ter alguma utilidade sobretudo para os que se iniciam na caça aos pombos torcazes. O que aqui é exposto resulta da experiência de muitos anos da nossa equipa, embora, como em todas as questões ligadas à caça aos torcazes, possam existir sempre diversas opiniões, muitas vezes até contraditórias.

 A TÉCNICA

A caça com espanholas, isto é, com pombos encarapuçados constitui uma técnica muito válida, sobretudo como complemento da caça com pombos de vara. Esta forma de caçar consiste no arremesso ao ar de pombos que, estando encarapuçados, são impedidos de ver, o que faz com que, com o adequado treino, eles esvoacem até cair no terreno, dando a sensação aos seus primos silvestres de que se trata de congéneres que levantam da árvore onde se encontra a armação, para pousarem no chão.

O arremesso deverá ser feito com algum cuidado. A mão do negaceiro não deverá aparecer acima do abrigo e a força utilizada no movimento poderá ser variável, em função do voo maior ou menor pretendido. Embora haja quem não faça assim, a nossa experiência aconselha a que o lançamento das espanholas, em quantidade variável, seja feito no início do lance, para chamar a atenção dos torcazes em aproximação, devendo ser evitado o seu lançamento quando já se encontram na proximidade e a dirigir-se à armação, pois, por vezes, devido ao tipo de voo realizado, aquelas causam o efeito contrário, isto é espantam os pombos, sobretudo quando estes já estão muito “escaldados”. Por esta razão, deveremos separar as nossas negaças em função do seu voo: por um lado as de voo largo, que deverão ser as primeiras a ser arremessadas, e por outro, as de voo curto, a utilizar no final. No nosso entender, a utilidade das espanholas tem essencialmente a ver com o chamar a atenção dos bandos de torcazes, desviando-os na nossa direcção, devendo o restante trabalho ser feito apenas com os pombos de vara, bastante mais apelativos e, sobretudo nos dias mais difíceis, menos propícios a espantar os pombos em aproximação.

FOTO 1                                          Espanhola em acção

A quantidade de pombos a utilizar com esta técnica pode ser muito variável. Se, no início da caça, meia dúzia são suficientes, pois não é muito relevante ter mais do que uma espanhola a voar em simultâneo, o mesmo já não acontece em Dezembro, mês dos grandes bandos, onde importa, logo no início do lance, dar movimento à armação, através do lançamento simultâneo de um número mais significativo. Nesta altura do ano, por forma a evitar a sistemática recolha das espanholas lançadas e o cansaço das mesmas, não será de estranhar que o negaceiro trabalhe com vinte ou mais pombos encarapuçados.

Para além de uma coloração da plumagem inadequada, algo de que se falará mais adiante, o defeito mais comum que os pombos encarapuçados apresentam é voar excessivamente alto, subindo muitas vezes na vertical, movimento que é acompanhado de um bater excessivo das asas, e que tem quase sempre como consequência espantar os torcazes em aproximação. Nesta situação, a única forma de impedir que os torcazes se afastem, mas que não funciona sempre, é lançar de imediato várias outras espanholas, dificultando que aqueles se foquem na espanhola que voa na vertical e que normalmente se afasta, passando a estar mais atentos às outras que voam adequadamente nas imediações da armação.

Um outro defeito, menos nocivo e mais fácil de eliminar, tem a ver com o lançamento de pombos que, ou porque não prestam ou porque já estão excessivamente cansados, caem para o chão quase sem baterem as asas. Este movimento não é nada apelativo e só não espanta mais porque tem uma amplitude muito pequena. Os pombos com essa característica devem ser descartados. Se se tratar de cansaço, então devem ser postos de parte durante o resto da jornada.

FOTO 2                                Carapuça artesanal (muito boa e prática)

ACESSÓRIOS

Neste tipo de caça os acessórios são muito parcos. Para além da obrigatória carapuça, pouco mais há a referir. Tem alguma utilidade a utilização de uma caixa com uma tira que permita o seu transporte ao ombro do caçador, para facilitar uma recolha mais eficiente das espanholas no terreno.

FOTO 3                                      Pombo com carapuça

Também é muito útil a utilização de um ou mais poleiros no interior do abrigo, à altura adequada para arrumar muito bem as espanholas “à mão” para o lançamento.

FOTO 4                                      Foto interior no abrigo

Um outro acessório de utilização quase obrigatória consiste numa vara telescópica (com 6 ou 7 m), com um tipo de base ou poleiro na extremidade, utilizada para retirar as espanholas da copa das árvores onde, por casualidade pousaram, o que é frequente,.

FOTO 5

                                                 Vara telescópica

Um dos problemas desta técnica é a recolha dos pombos encarapuçados, após o seu lançamento, não sendo mesmo rara a sua perca pela dificuldade em os localizar. Por esta razão, há quem diminua esse risco através da utilização de um guizo preso á carapuça, que facilita a sua localização devido ao som emitido pela espanhola quando sacode a cabeça ou quando tenta retirara a carapuça com a pata, algo que faz com alguma frequência.

FOTO 6                                              Carapuça com guizo

Também há quem utilize um tipo de sapatas, que impedem que a espanhola consiga ficar pousada nas árvores, pois não lhe é possível agarrar-se aos ramos.

FOTO 7                                                       Sapatas

Embora com vantagens evidentes, os guizos têm o ligeiro inconveniente de poder ser incomodativos quando as espanholas se encontram no poleiro, no interior do abrigo, devido ao som emitido. Por seu lado as sapatas, para além de um pouco caras, obrigam a substituir o poleiro do abrigo por uma base, menos ergonómica para o caçador, por ocupar mais espaço, e menos prática de utilizar, pois as espanholas deixam de estar alinhadas com as costas voltadas para o negaceiro, o que dificulta um pouco o seu manuseamento.

OS POMBOS

Os pombos a utilizar não devem voar demasiado, pois são eficazes apenas quando se encontram a trabalhar nas imediações do abrigo. Podem ser utilizados quaisquer pombos de cor cinzenta, de preferência com pouco negro nas barras das asas. Os pombos com um bom guizo são particularmente bons, pois normalmente voam bem, sem o fazer em demasia, sendo o seu voo acompanhado pelo tão apreciado “guizo”, característico dos pombos de vara tradicionais portugueses.

FOTO 8                                            Pombo nacional

Uma melhoria que pode ser introduzida nos pombos destinados a espanhola é a coloração branca nas asas, similar à existente nos pombos torcazes (ver figura).

FOTO 9                                           Coloração das asas

O ENSINAMENTO

Preferencialmente, o treino deve ser iniciado com pombos ainda borrachos a partir do momento em que dominem bem a técnica do voo, embora possam ser treinados em qualquer idade. Deverão ser escolhidos dias sem vento.

No início, após a colocação das carapuças, pousam-se os pombos num poleiro semelhante ao que vai ser utilizado em acto de caça, até que fiquem calmos nessa condição. Numa das patas deverá ser colocado um piós simples (ver foto). Este deverá estar ligado a um fio com um comprimento da ordem dos 20 m.

FOTO 10                                                     Piós e fio

Após ter decorrido algum tempo de habituação ao poleiro, o treino inicia-se colocando o pombo na palma da mão e fazendo subir e descer a mão, o que faz com que ele bata as asas, devendo ser repetido o processo até que ele esteja familiarizado com o movimento. Posteriormente, larga-se o pombo para o chão desde uma altura da ordem dos 50 cm. Aquele irá esvoaçar e esticar as patas de forma a amortecer a queda. Quando estiver novamente habituado à situação, aumentamos a referida distância para cerca do dobro, repetindo o processo, até que ele poise no chão delicadamente de forma perfeitamente natural. Se em alguma situação o nosso candidato a espanhola fizer intensão de subir, deve ser puxado bruscamente pelo fio, até cair, de modo a que ele entenda que o movimento não deverá ser realizado dessa forma. Com a prática, esta ocorrência indesejada deverá desaparecer rapidamente.

Demorando em cada fase sempre, pelo menos, o tempo que for necessário à adaptação do nosso pombo, vamos aumentando a distância a que permitimos que ele se afaste de nós até ao limite do fio. Nessa altura ele já deverá voar razoavelmente bem e pousar de patas estendidas com suavidade. Então, retiramos-lhe o piós e procedemos ao seu arremesso sem que esteja preso. Se tudo correr bem, deverá estar apto a caçar.

Se não for possível manter alguma regularidade no treino das nossas espanholas, pelo menos teremos que realizar uma ou duas sessões nas duas semanas que antecedem a caça. Se tal não for possível por alguma razão, então, no primeiro dia de caça, os primeiros lançamentos deverão ser feitos utilizando novamente o fio com o piós, embora este procedimento tenha normalmente um preço a pagar na eficácia da nossa armação nesse dia.

FOTO 11

CONCLUSÃO

Temos toda a convicção de que a caça aos pombos torcazes deve ser realizada, no essencial, com pombos de vara. Esta forma de caçar é indiscutivelmente a que se traduz em maiores alegrias, não só pelos quantitativos conseguidos nos abates, como pela forma apaixonante como o chamamento é concretizado. No entanto, consideramos que este tipo de caça pode ser melhorado através da utilização de outros métodos complementares que permitem aumentar o realismo de todo o conjunto que constitui a nossa armação. Referimo-nos não só à colocação de negaças estáticas, em neoprene (preferíveis) ou em plástico, nas árvores e pombos, anteriormente abatidos, no solo, na frente do nosso aguardo, mas sobretudo à utilização de pombos encarapuçados, vulgarmente conhecidos por “espanholas”. Estas, sobretudo se forem utilizados os pombos mais adequados e muito bem treinadas, constituem um auxiliar quase imprescindível se se pretende maximizar os resultados.

Boas caçadas.

Paulo Santana

Jul 16

AS RAÇAS MAIS UTILIZADAS COMO POMBO DE VARA

0. NOTA PRÉVIA

 A equipa da PAIXÃO AZUL, confrontada com um desconhecimento quase total dos caçadores de pombos torcazes portugueses e espanhóis relativamente às características e origem das raças dos pombos de vara companheiros das nossas aventuras cinegéticas na nobre arte de negaçar com vara, tem vindo há já algum tempo a fazer alguma pesquisa em textos, livros e sites internacionais que se debruçam sobre a matéria, para tentar fazer alguma luz sobre o assunto. É o resultado dessa pesquisa que aqui compartilhamos com vocês. De referir que o que aqui se relata poderá em algumas situações não ter o rigor suficiente que o assunto exigiria, mas tal deve-se, por um lado à dificuldade de conseguir informação rigorosa e precisa e, por outro, contrariamente ao que acontece a muitas outras espécies de animais de companhia, à inexistência de padrões de raça relativos a pombos para caça, perfeitamente definidos e aceites por todos, bem como organizações ou clubes de criadores que garantam o rigor desses padrões, como acontece em outras raças de pombos de cor ou forma. A única excepção é o pombo francês Azul de Gascogne, cujas características se encontram bem definidas no livro “Liste des races françaises de pigeons”.

1. INTRODUÇÃO

 A caça aos pombos torcazes com vara constitui uma actividade apaixonante, praticada na Europa pelo menos desde o século dezoito, tendo cada vez mais adeptos no nosso país. Esta actividade, apesar de tradicional, foi recentemente objecto de uma enorme evolução em resultado da adopção de novas técnicas vindas de fora, sobretudo de Itália, que a vieram revolucionar.

 Nos últimos anos, paralelamente com as varas verticais, capazes de projectar as negaças em altura, muito mais apelativas do que as tradicionais, vieram também pombos “italianos de asa lisa” e franceses “azul de gascogne”. Estas raças são particularmente dóceis e muito semelhantes aos torcazes, sobretudo se tiverem a coloração adequada, com riscas brancas sobre as asas, o que permite uma grande visibilidade mesmo a grandes distâncias. Estas são mesmo as únicas raças apuradas com o propósito de servirem de atractivo aos seus parentes silvestres, pelo que, para além da sua cor cinzento-azulado, não possuem as indesejáveis barras negras nas costas. O facto de serem muito dóceis, sobretudo os italianos, facilita o seu treino e o trabalhar em acto de caça.

 Apesar de se tratar de pombos cuja importância diminuiu um pouco com as novas técnicas de negaçar, será ainda feita uma referência aos pombos nacionais, pois continuam a ser dos mais utilizados entre nós, por constituírem uma enorme valia, sobretudo em condições onde o “guizo” possa ter relevância.

2. HISTÓRICO

 Em 1920, surgem as primeiras notícias de um pombo utilizado solto, sem carapuça, na caça aos torcazes. Este pombo que se chamou originalmente Amélia, por ser oriundo desta localidade no centro de Itália, tomou mais tarde o nome de TERNANO, por Amélia se localizar na zona de Terni. Este terá talvez tido a sua origem no cruzamento de pombos domésticos (columba livia) com pombos correio.

 Apesar de ser bastante mais antigo, sendo já então utilizado como chamariz do pombo torcaz, em 1920 é também estabelecido o primeiro standard, passando a ser considerado pombo de exposição, o AZUL GASCOGNE, pombo originário de frança, tendo como antepassado o Biset para os franceses, ou pombo doméstico (columba livia), apurado para se tornar o mais parecido possível com o pombo torcaz. Trata-se de um pombo muito resistente, do qual, contrariamente ao por vezes referido, existe apenas uma variedade.

 No final dos anos setenta, o conhecido caçador e criador italiano Pietro Cepatelli, cruzou o Vermelho Genovês, derivado do Torraiolo, com o francês Azul de Gascogne, para obter o ROSITA, muito semelhante ao francês mas sem barras ou com elas esfumadas e com boa predisposição para o trabalho de caça.

Em 1982, Maurizio Lorenzini, de Casale Marítimo perto de Livorno, no centro / norte de Itália, começa por cruzar o Allodola de Coburg com o Ternano. Em 1986 obteve seu primeiro pombo macho, compacto, sem barras negras. Em 1989 obteve a primeira fêmea. Em 1996 conseguiu fixar em definitivo as características do denominado CASALESE, com tamanho intermédio entre o Allodola de Coburgo e o Ternano. Este pombo tem uma cor uniforme cinza com corpo esbelto e sem barras. Em seguida, introduziu sangue de pombo preto/cinza, para conseguir um pombo cinza mais escuro.

Mais tarde, Ceppatelli, cruzou algumas de suas linhagens francesas com o Ternano, tendo obtido o TENEBROSO, pombo escuro, sem barras, semelhante ao Ternano.

 Em Portugal, sem ser possível localizar no tempo, também a partir do nosso pombo doméstico (columba livia) foi apurada uma raça morfologicamente muito semelhante, mais escura, sem a indesejável mancha branca na cauda, mas com a particularidade de possuir rémiges muito longas, que lhe confere o seu inconfundível guizo, tão apreciado por muitos caçadores portugueses.

3. RAÇAS ORIGINAIS

3.1 POMBO DOMÉSTICO

 O pombo doméstico (columba livia) é um pombo pequeno, com barras negras nas costas que teve origem no pombo da rocha, o pombo mais antigo que se conhece, tendo sido domesticado há mais de 5 000 anos.

columba_livia_tn

Pombo doméstico

3.2 ALLODOLA DE COBURGO

Trata-se de um “pombo de forma”, isto é uma raça apurada essencialmente através de critérios orientados para a forma do pombo. Oriundo da Alemanha, foi descrito pela primeira vez em 1869. Tem diversos padrões no que se refere à coloração. A que mais nos importa é a que se ilustra na foto abaixo, por não ter barras negras, o que o tornou extremamente útil em cruzamentos destinados a eliminar as referidas barras. Foi determinante na obtenção do Casalese, ou seja, no Italiano de Asa Lisa.

allodoladicoburgo Allodola de Coburgo prata, sem barras

4. FRANCESES

4.1 AZUL DE GASCOGNE

Pombo com origem em França, tendo como antepassado o pombo doméstico (Bizet para os franceses). Trata-se de uma raça que foi apurada apenas com o objectivo de ser semelhante ao torcaz, para poder funcionar como chamariz. É um pombo muito resistente e do qual existe apenas uma variedade. Tem o olho laranja vivo, o chamado olho de galo. De referir que, de acordo com o padrão da raça, as barras deverão ser o mais ténues possível, embora não devam desaparecer totalmente.

Azul Gascogne

Azul Gascogne

5. ITALIANOS

5.1 TERNANO

Apesar de ser uma raça de pombos muito antiga, descendendo do pombo doméstico, o Ternano (ou Amélia) mantém toda a relevância pois não só está na origem das raças de pombos de vara mais utilizadas, como, por ser dócil, muito inteligente e fácil de treinar, é reconhecidamente o melhor para utilizar solto. Esta técnica (volantini) é a mais utilizada em Itália, com enorme sucesso.

ternano  Ternano

 Hoje em dia, já se conseguem Ternanos com as asas completamente lisas, isto é, sem barras negras. Estes últimos, embora fujam de forma muito clara daquilo que é o padrão da raça, são utilizados com êxito nas diversas modalidades de caça com vara.

ternano sem barras  Ternano sem barras

Recentemente, os pombos desta raça foram melhorados com a introdução de penas brancas nas asas, numa posição que, sobretudo em voo, permitem aumentar a sua semelhança com o pombo torcaz.

ternano V  Ternano para trabalhar solto ou em ponteira vertical

5.2 ROSITA

Pouco divulgado entre nós, trata-se de um pombo sem barras ou com elas esfumadas, semelhante ao francês Azul de Gascogne, de cor rosada, como o próprio nome indica. Derivou de cruzamentos realizados no final dos anos setenta entre a referida raça francesa e o italiano Vermelho Genovês.

rosita  Rosita

5.3 TENEBROSO

Sempre com o objectivo de conseguir pombos para trabalho de caça o mais semelhantes possível ao torcaz, os criadores italianos juntaram o seu Ternano com o francês Azul de Gascogne tendo conseguido o Tenebroso. Trata-se de um pombo escuro e sem barras semelhante ao Ternano.

Tenebroso  Tenebroso

5.4 CASALESE

O Casalese ou, de forma aportuguesada, o Casalês, foi fixado em definitivo em 1996. Como já foi referido, resultou de uma selecção obtida através do cruzamento do alemão Allodola de Coburgo e do italiano Ternano. Um pouco mais claro do que o Ternano, tem uma cor uniforme cinza, sem barras

Casalese  Casalese

De referir que o gene responsável pela ausência de barras negras nas asas, obtido a partir do Allodola de Coburgo, é, nesta raça, um gene recessivo, isto é, quando cruzamos um Italiano de Asa Lisa com um pombo de qualquer outra raça possuidora de barras negras, mais ou menos atenuadas, como é o caso do Azul de Gascogne, o resultado são pombos com acentuadas barras negras.

A ausência de organizações que fixem o padrão das raças de pombos para caça em Itália fez com que os criadores, na procura de pombos mais semelhantes aos torcazes, cruzassem o Casalese com o Tenebroso, o que resultou numa grande semelhança entre as duas raças. O Casalese tem uma morfologia muito semelhante ao Tenebroso, com a diferença que é um pouco mais claro e com a cauda um pouco mais longa. O Tenebroso, por sua vez, possui uma cabeça mais semelhante ao Ternano.

A raça que em Portugal e Espanha apelidamos correntemente de Italiano de Asa Lisa corresponde de forma indistinta a qualquer uma destas duas raças (Casalese e Tenebroso). O cruzamento entre elas resulta sempre em pombos sem barras negras.

6. NACIONAL

Tal como os seus equivalentes Ternano, em Itália, Bizet, em França, e Pica, em Espanha, a raça nacional teve origem no pombo doméstico, sendo muito semelhante a este. O seu apuramento foi realizado sobretudo no Alentejo, zona onde a caça aos pombos torcazes com vara se encontra mais enraizada, tendo sempre em vista uma aproximação morfológica ao torcaz.

Estes pombos têm hoje uma cor cinzenta azulada, uniforme, possuindo ainda rémiges muito longas, com o objectivo de melhorar o seu guizo. É ainda possível aumentar o comprimento destas penas, se a ave for desguiada no quarto crescente do mês de Junho, de modo a que a sua plumagem fique completa antes do início da temporada de caça. São pombos muito inteligentes e aptos a qualquer modalidade de caça com vara. Pela negativa, possuem as indesejadas barras negras nas asas.

Nacional Branco  Nacional

Jan 03

“ONDA AZUL”

A MIGRAÇÃO DO POMBO TORCAZ

1.INTRODUÇÃO

Em 2012, a entrada de pombos torcazes invernantes na Península Ibérica, excedendo as previsões mais optimistas, fica caracterizada por enormes quantitativos migratórios, unicamente excedidos pelos verificados em 1999, primeiro ano em que se iniciaram as contagens nos Pirinéus.

A migração do pombo torcaz (columba palumbus), desde os seus países de origem até à Península Ibérica, é uma matéria apaixonante, ainda envolta em dúvidas e mistérios para os aficionados portugueses, motivo que levou a Paixão Azul a publicar um artigo reunindo toda a informação que entendeu relevante sobre o assunto.

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2. AS CORRENTES MIGRATÓRIAS

O pombo torcaz é tão sedentário como migratório. A tendência para se tornar cada vez mais sedentário tem vindo a aumentar. São evidentes as crescentes populações existentes em muitas das cidades europeias.

Os ornitólogos consideram que existem duas sub-populações de pombos torcazes na europa. Por um lado, aqueles que nidificam no norte, oriente e centro da europa, que realizam a sua migração anual para os países com inverno suave, e por outro, os que nidificam no sul e na zona litoral atlântica da europa, que são sedentários.

mapa_grandesmigrato

        Área de origem das grandes migradoras

 sedentarias

Sedentárias

 

Quanto mais no deslocamos para sul, menor é o instinto migratório destas aves. Os pombos torcazes nascidos na zona centro da Europa, dependendo dos factores climáticos e dos recursos alimentares de que disponham, deslocam-se mais ou menos, mas quase sempre sem chegarem a passar os Pirinéus para Espanha e Portugal. A sua movimentação também é mais tardia do que a dos seus irmãos do norte, ocorrendo normalmente em Novembro.

migratorias parciales

Pequenas migratórias

 

A grande migração realiza-se essencialmente através de duas correntes distintas. Uma com origem na Escandinávia, na Finlândia, Europa de Leste e Sibéria Ocidental, sendo que as aves escandinavas cruzam um braço de mar existente entre a Suécia e a Dinamarca, pelo cabo sueco de Falsterbo, passando pelas ilhas dinamarquesas, enquanto que as restantes que compõem esta corrente central atravessam os países bálticos e a Polónia, juntando-se às primeiras na Alemanha. Toda esta corrente corta a França na diagonal, permanecendo no sul deste país ou entrando na Península através do País Basco, tendo, neste caso, como destino a costa sudoeste portuguesa (ver mapa).

Correntes Migratórias

As principais correntes migratórias

 

A segunda corrente tem origem na Europa de Leste e passa através da Suíça e do norte de Itália. Os pombos que não ficam em Itália ou no sul de França, ou se juntam no maciço central dos Pirinéus à corrente com destino a Portugal, ou atravessam aquelas montanhas na sua zona oriental, perto do Mediterrâneo, tendo como destino de invernada o sul de Espanha. Estes últimos normalmente não chegam a Portugal.

3. CONTAGENS

O Grupo para a Observação da Vida Silvestre (GIFS) desenvolveu uma ferramenta que permite realizar, com razoável rigor, desde 1999, a contagem dos pombos migratórios na sua passagem pelos Pirinéus.

pirinéus

Passagem dos Pirinéus

 

Este ano, passaram por aquela cadeia de montanhas que separa a Península Ibérica do resto do continente europeu, 2228652 pombos, número que, não chegando aos 2659519 de 1999, excede todos os outros verificados anteriormente (ver gráfico).

observadores

Observadores

gráfico contagens

Fonte: Gifs – France

O ponto máximo da migração, a famosa onda azul, neste ano, compreendeu quatro picos distintos:

• Uma primeira entrada em 17 e 18 de Outubro, um pouco tímida, com cerca de 160 000 pombos;

• Um segundo pico entre 22 e 24 de Outubro, já com cerca de 700 000 pombos;

• Um terceiro pico entre 28 e 31 de Outubro, com quase 800 000 pombos;

• Um quarto pico entre 7 e 8 de Novembro, com mais de 600 000 torcazes.

Tivemos ainda informação sobre mais uma entrada significativa, por volta do dia 13 de Novembro, coincidindo com o bom tempo que se fez sentir, mas já com as contagens encerradas.

Não duvidamos que um número muito significativo de pombos passa os Pirinéus em locais em que não é realizada a contagem. Estima-se que o quantitativo total de pombos torcazes que migram anualmente para Portugal e Espanha, deverá, em média, estar compreendido entre os 2,5 e 4,5 milhões de indivíduos.

censo_2009_10mapa_dormideros

Contagens realizadas nas principais dormidas na Península entre 14 e 16 de Dezembro de 2009 (esq.) e respectiva localização (dta.)

 

Conforme já referimos, existe um corredor na zona leste dos Pirinéus, junto do Mediterrâneo, por onde passa uma corrente muito importante de torcazes, que tem como destino de invernada o sul de Espanha, zona de Córdova / Sevilha, e que normalmente não chega a Portugal. Apesar de este corredor ser praticado por quantitativos significativos de torcazes, não é contabilizado pelo Gifs. Lembramos que no ano de 2010 em que foram contabilizados pouco mais de 900 000 pombos nos pontos de contagem tradicionais, contrariamente ao normal, grandes quantitativos passaram por este corredor, tendo sido um ano inesquecível para muitos caçadores do sul de Espanha.

Para melhor conhecer a migração, o Gifs organizou um grupo franco-espanhol-português que faz o seguimento das aves através de balizas Argos colocadas no seu dorso e controladas por satélite. Entre 2009 e 2011, cerca de dez pombos torcazes foram equipados com o referido equipamento nas zonas de invernada mais importantes. Entre nós, concretamente na ZCT da Aniza, alguns torcazes são equipados todos os anos por uma equipa da Gifs que se desloca ao local, normalmente em Dezembro. Esta é uma matéria que se reveste de muito interesse, justificando, só por si, um artigo dedicado, que esperamos publicar em breve.

argos

Baliza Argos

 

4. A INVERNAGEM

No caminho para Espanha e Portugal, ao atravessar o maciço dos Pirinéus, os torcazes passam através de uma série de corredores em que os carvalhos permitem a sua alimentação até chegarem às áreas de invernada, onde a alimentação predominante é a bolota de sobro e azinho. Nestas montanhas, a entrada faz-se por passagens muito conhecidas como: Valcarlos e Echalar, do lado espanhol, e Urrugne (o passeio marítimo), Sare, Arneguy e Banca, do lado francês. Estas passagens consistem normalmente em vales com orientação nordeste / sudoeste, que, com a meteorologia mais adequada, normalmente vento sul fraco e dias soalheiros, criam as condições ideais para que as aves possam ultrapassar o obstáculo à sua migração que constitui a cordilheira dos Pirinéus.

corredor_central3

O passeio marítimo

 

Se as condições meteorológicas não forem boas para os torcazes realizarem a travessia, como acontece em dias de vento muito forte, chuva ou nevoeiro, então tendem a dispersar-se pelo Bosque das Landas, um autêntico mar verde, aguardando as condições necessárias à sua viagem através das montanhas. Se estas não chegarem a verificar-se, a maioria dos torcazes permanece em França, até porque as áreas de montado de sobro e azinho na península e também naquele país, sofreram, no seu conjunto uma redução da ordem dos 30%, enquanto as plantações de milho no sul de França país aumentaram substancialmente, o que veio a alterar o comportamento das aves, criando condições para que os torcazes aí permaneçam, sem passarem para Portugal e Espanha.

Atravessados os Pirinéus, os pombos deslocam-se rapidamente na direcção de Portugal, em concreto na direcção dos montados de Alcácer do Sal, Palma e Grândola, onde chegam após alguns dias de viagem. Dependendo das condições meteorológicas e da abundância de comida (leia-se bolota de sobro ou lande), em média, a sua permanência nesta zona dá-se por todo o mês de Novembro, deslocando-se posteriormente para nordeste, quando se iniciam os ventos do quadrante norte. Embora com marcadas diferenças, por vezes entre anos consecutivos, aparecem então em zonas de caça tradicionais como Lavre, Sabugueiro, Ciborro, Mora, Montargil, Vimieiro, Alter do chão… Em finais de Dezembro já se encontram normalmente um pouco mais para norte: Monforte, Crato, Portalegre, Rosmaninhal e também na Serra de São Pedro, na Extremadura Espanhola.

Após prolongada invernagem na Península Ibérica, normalmente em finais de Fevereiro ou em Março, quando o inverno começa a terminar e chegam os primeiros dias de primavera, os pombos regressam. Sobrevoam novamente os Pirinéus, fazendo-o normalmente a grande altura e seguindo novamente na direcção das Landas francesas, para depois se dirigirem aos seus países de origem. Trata-se da migração pré-nupcial.

Nós, por cá, ficamos à espera que nos visitem de novo, a sonhar com bandos a perder de vista e, sobretudo, com AQUELAS caçadas.

 Paulo Santana

 

Ref’s:

“Gifs – Grupo para a Observação da Vida Selvagem”

“Palombe et Tradition”

torcaces.com

Nov 13

CONTAGENS NOS PIRINÉUS (2012/2023)


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2023

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2020

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R:0
P:0
R:0
P:42
R:0
P:0
R:30
12
28-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:923
R:0
P:170
R:30
1093
29-OUTP45207
R:5332
P:66509
R:452
P:158232
R:3381
P:324295
R:1709
583369
30-OUTP:90867
R:72072
P:276494
R:965
P:359634
R:10463
P:34460
R:1602
676353
31-OUTP:13695
R:46621
P:105
R:1420
P:2966
R:111
P:1370
R:293
-30158
01-NOVP:44
R:5164
P:17
R:270
P:74
R:6
P:307
R:40
-5038
02-NOVP:11585
R:2729
P:0
R:1228
P:8612
R:3298
P:16585
R:4760
24767
03-NOVP:0
R:110
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
-110
04-NOVP:0
R:355
P:20583
R:540
P:9572
R:3425
P:0
R:0
25827
05-NOVP:388885
R:68500
P:149542
R:1743
P:115511
R:11640
P:108500
R:150
680405
center>
06-NOVP:2676
R:12935
P:18
R:61
P:0
R:0
P:0
R:0
-10259
center>
07-NOVP:28
R:2449
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
-2421
center>
08-NOVP:400
R:4130
P:230
R:100
P:64
R:2
P:245
R:0
-3293
center>
09-NOVP:2493
R:1740
P:0
R:0
P:2189
R:114
P:1200
R:0
4028
center>
10-NOVP:14940
R:10078
P:2705
R:300
P:0
R:0
P:0
R:0
7267
center>
11-NOVP:65701
R:39566
P:12190
R:0
P:9853
R:2536
P:9760
R:0
55402
center>
TOTALP:717218
R:287349
P:546689
R:7220
P:683184
R:35363
P:509735
R:9955
BALANÇO429869539469647821499780
Total Acumulado2116939
P vs R =» P = Passagem | R = Retorno

2019

DATAURRUGNE SARE BANCAARNEGUYTOTAL DIAMETEOVENTO
P vs RP vs RP vs RP vs R
15-OUTP:0
R:0
P:7
R:0
P:4
R:6
P:30
R:0
35
16-OUTP:158
R:0
P:2
R:0
P:100
R:0
P:84
R:0
P:344
R:0
17-OUTP:44
R:0
P:2
R:0
P:100
R:0
P:84
R:0
P:230
R:0
18-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:15
R:0
P:15
R:0
19-OUTP:689
R:0
P:171
R:50
P:242
R:86
P:112
R:6
P:1214
R:142
20-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
21-OUTP:0
R:14
P:628
R:198
P:2717
R:126
P:1703
R:15
P:1214
R:142
22-OUTP:17994
R:2008
P:3951
R:56
P:5759
R:1691
P:4908
R:2484
P:32612
R:6239
23-OUTP:69
R:376
P:5
R:12
P:149
R:1
P:957
R:24
P:1180
R:413
24-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:5
R:0
P:5
R:0
25-OUTP:56701
R:4557
P:10205
R:374
P:8483
R:608
P:757
R:251
P:76146
R:5790
26-OUTP:5113668
R:6520
P:239
R:140
P:3473
R:95
P;548
R:108
P:
R:
27-OUTP:62196
R:5300
P:443
R:64
P:4582
R:35
P:498
R:360
P:67719
R:5759
28-OUTP:10446
R:6185
P:800
R:16
P:1766
R:448
P:2076
R:49
P:15088
R:6698
29-OUTP:4257
R:1211
P:3575
R:0
P:6977
R:533
P:2500
R:249
P:17309
R:1993
30-OUTP:8841
R:1457
P:2806
R:830
P:2234
R:9
P:3105
R:2715
P:17006
R:5011
31-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
01-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
02-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
03-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
04-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
05-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
06-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:60
R:0
P:9
R:121
P:69
R:121
07-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:95
R:2
P:95
R:2
08-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:95
R:2
P:95
R:2
09-NOVP:0
R:156
P:1110
R:0
P:1859
R:0
P:95
R:0
P:2969
R:156
10-NOVP:3
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:3
R:0
11-NOVP:200
R:217
P:250
R:9
P:0
R:0
P:0
R:0
P:3
R:0
TOTALP:275266
R:28001
P:24194
R:1749
P:38591
R:3630
P:17580
R:6384
BALANÇO247265224453495311196
Total Acumulado315859
P vs R =» P = Passagem | R = Retorno

2018

DATAURRUGNE SARE BANCAARNEGUYTOTAL DIAMETEOVENTO
TOTALP:978120
R:241242
P:267971
R:5202
P:423219
R:13667
P:1150103
R:5291

BALANÇO7368782627154095421144812
Total Acumulado2553947
P vs R =» P = Passagem | R = Retorno

2017

DATAURRUGNE SARE BANCAARNEGUYTOTAL DIAMETEOVENTO
P vs RP vs RP vs RP vs R
15-OUTP:2200
R:518
P:108
R:0
P:36
R:0
P:69
R:0
1895
16-OUTP:2363
R:294
P:37
R:104
P:57
R:0
P:36
R:0
2095
17-OUTP:153
R:46
P:18
R:0
P:1213
R:52
P:243
R:102
1427
18-OUTP:1988
R:722
P:333
R:170
P:5248
R:526
P:314
R:64
9401
19-OUTP:0
R:148
P:0
R:1
P:0
R:0
P:0
R:0
-149
20-OUTP:146
R:194
P:0
R:0
P:411
R:0
P:474
R:0
837
21-OUTP:0
R:5
P:0
R:0
P:2
R:0
P:16
R:0
13
22-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
0
23-OUTP:21302
R:1911
P:13619
R:2016
P:12990
R:199
P:3396
R:180
46641
24-OUTP:292488
R:24215
P:97225
R:2857
P:16199
R:125
P:12168
R:253
390580
25-OUTP:109
R:12580
P:2548
R:245
P:28276
R:3360
P:18945
R:238
33455
26-OUTP:27104
R:5317
P:3659
R:145
P:405
R:151
P:647
R:98
26104
27-OUTP:40
R:676
P:21
R:0
P:9
R:135
P:0
R:0
-741
28-OUTP:0
R:0
P:1914
R:99
P:0
R:0
P:0
R:0
1813
29-OUTP:18980
R:6131
P:111457
R:6279
P:18029
R:3163
P:3394
R:184
136103
30-OUTP:0
R:125
P:0
R:0
P:0
R:162
P:0
R:0
-287
31-OUTP:14825
R:16287
P:77851
R:2294
P:165743
R:2553
P:58537
R:3804
292018
01-NOVP:9933
R:7588
P:0
R:178
P:390
R:165
P:13
R:89
2316
02-NOVP:1503
R:3583
P:1
R:3
P:18
R:141
P:92
R:503
-2153
03-NOVP:53790
R:24546
P:3
R:14
P:16
R:0
P:11
R:0
29260
04-NOVP:350
R:0
P:4
R:10
P:4
R:0
P:0
R:0
348
05-NOVP:0
R:36
P:0
R:0
P:0
R:762
P:8
R:2
-792
06-NOVP:0
R:11
P:0
R:0
P:0
R:92
P:0
R:5
-108
07-NOVP:93273
R:16662
P:8970
R:50
P:5093
R:96
P:3644
R:146
94026
08-NOVP:0
R:216
P:0
R:16
P:0
R:0
P:0
R:13
12
09-NOVP:0
R:1386
P:0
R:31
P:0
R:0
P:0
R:0
-1417
10-NOVP:0
R:270
P:0
R:5
P:0
R:0
P:0
R:0
0
TOTALP:540497
R:123467
P:320768
R:14517
P:254139
R:11682
P:101991
R:5231

BALANÇO41703030626124245796759
Total Acumulado1062497
P vs R =» P = Passagem | R = Retorno

2016

Nos dias 14, e 15 de Novembro,  MAIS DOIS GRANDES GOLPES. No primeiro desses dias, muitos bandos, alguns com mais de 2000 pombos, atravessaram continuamente, durante toda a manhã e também durante a tarde, os Pirinéus. No segundo, bandos ainda maiores, mas mais espaçados. Embora sem números rigorosos relativamente a quantidades, as estimativas apontam para que tenham passado perto de quinhentos mil pombos.

Este ano, o total de pombos torcazes contabilizados nas contagens oficiais pelo GIFS ascendeu a 1238004. Mais uma vez, pelo terceiro ano consecutivo, muitos ficaram por contar por passarem com as contagens encerradas. As estimativas apontam para valores totais da ordem de um milhão e setecentos mil pombos. 

DATAURRUGNE SARE BANCAARNEGUYTOTAL DIAMETEOVENTO
P vs RP vs RP vs RP vs R
15-OUTP:260
R:0
P:40
R:0
P:20
R:0
P:6
R:0
326
16-OUTP:18821
R:1155
P:2061
R:197
P:1921
R:56
P:250
R:0
21645
17-OUTP:38
R:0
P:70
R:0
P:319
R:0
P:88
R:0
515
18-OUTP:0
R:0
P:4658
R:35
P:3802
R:162
P:2051
R:200
10114
19-OUTP:7053
R:489
P:59736
R:819
P:53060
R:0
P:36877
R:26
155392
20-OUTP:1256
R:641
P:2466
R:13
P:5641
R:389
P:8273
R:70
16523
21-OUTP:13850
R:1771
P:100366
R:0
P:62041
R:500
P:13341
R:259
187068
22-OUTP:13930
R:16342
P:59332
R:1700
P:19847
R:1024
P:2252
R:467
75828
23-OUTP:200
R:1200
P:0
R:0
P:76
R:1
P:69
R:4
24-OUTP:0
R:743
P:0
R:0
P:105
R:131
P:126
R:5
25-OUTP:0
R:140
P:0
R:0
P:59
R:8
P:0
R:57
26-OUTP:0
R:30
P:0
R:0
P:527
R:108
P:316
R:30
674
27-OUTP:0
R:0
P:0
R:0
P:426
R:1
P:654
R:8
1071
28-OUTP:1131
R:168
P:5308
R:0
P:5488
R:147
P:3753
R:127
15243
29-OUTP:29876
R:13029
P:268229
R:453
P:102208
R:15446
P:45292
R:2869
413807
30-OUTP:8
R:1035
P:2080
R:93
P:6580
R:1108
P:10726
R:1795
15363
31-OUTP:106330
R:31480
P:38091
R:1540
P:79284
R:8510
P:57941
R:4048
236068
01-NOVP:83405
R:16331
P:3
R:159
P:2301
R:387
P:1790
R:120
70302
02-NOVP:1118
R:456
P:397
R:95
P:5705
R:154
P:12631
R:503
18843
03-NOVP:0
R:0
P:0
R:26
P:724
R:45
P:4
R:20
637
04-NOVP:0
R:0
P:0
R:7
P:33
R:15
P:6
R:0
17
05-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
0
06-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
0
07-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
0
08-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:12
R:0
12
09-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
0
10-NOVP:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
0
TOTALP:277276
R:85010
P:543037
R:5138
P:350167
R:28192
P:196463
R:10599
BALANÇO192266537899321975185864
Total Acumulado1238004
P vs R =» P = Passagem | R = Retorno



2015

DATAURRUGNE SARE BANCAARNEGUYTOTAL DIAMETEOVENTO
P vs RP vs RP vs RP vs R
15-OUTP:3514
R:497
P:5207
R:55
P:1889
R:59
P:300
R:0
10299
16-OUTP:3368
R:153
P:3835
R:0
P:3386
R:0
P:152
R:0
9977
17-OUTP:17727
R:6507
P:15710
R:193
P:9077
R:455
P:2758
R:446
36661
18-OUTP:163
R:2693
P:2
R:0
P:35
R:0
P:19
R:25
-2499
19-OUTP:1336
R:421
P:1285
R:0
P:5582
R:0
P:2619
R:50
10351
20-OUTP:172
R:146
P:4272
R:242
P:30202
R:17946
P:149584
R:38818
127078
21-OUTP:8099
R:1779
P:8075
R:119
P:4572
R:90
P:1064
R:52
20570
22-OUTP:1
R:358
P:0
R:82
P:1831
R:181
P:60
R:28
1243
nulo
23-OUTP:1468
R:612
P:430
R:38
P:1066
R:197
P:60
R:40
2137
24-OUTP:701
R:65
P:317
R:0
P:1137
R:53
P:136
R:150
2023
25-OUTP:19455
R:6695
P:1721
R:233
P:11127
R:7860
P:216
R:14
19740
26-OUTP:109807
R:10443
P:5
R:208
P:63
R:352
P:89
R:0
98961
27-OUTP:16331
R:2830
P:0
R:50
P:246
R:138
P:120
R:0
13679
28-OUTP:0
R:42
P:0
R:28
P:0
R:34
P:26
R:0
-78
29-OUTP:158
R:745
P:1
R:197
P:0
R:0
P:0
R:0
-783
30-OUTP:669800
R:31817
P:1897
R:575
P:3196
R:0
P:571
R:280
642792
31-OUTP:111606
R:8880
P:2001
R:336
P:2301
R:8
P:802
R:30
107456
01-NOVP:79448
R:21337
P:64965
R:604
P:83224
R:0
P:17629
R:0
223325
02-NOVP:26160
R:50828
P:39159
R:220
P:59220
R:2781
P:51318
R:966
121062
03-NOVP:0
R:2214
P:0
R:0
P:0
R:0
P:0
R:0
-2214
04-NOVP:10
R:1086
P:0
R:8
P:250
R:0
P:25
R:0
-809
05-NOVP:3367
R:409
P:10
R:240
P:547
R:82
P:450
R:179
3424
06-NOVP:22529
R:2863
P:2635
R:473
P:9915
R:103
P:1116
R:42
32714
VF
07-NOVP:39880
R:2020
P:70
R:0
P:2646
R:511
P:2548
R:111
42502
08-NOVP:132625
R:25329
P:580
R:264
P:2948
R:1116
P:5498
R:450
114492
09-NOVP:40
R:104
P:142
R:247
P:246
R:96
P:750
R:10
721
VF
10-NOVP:51
R:35
P:6
R:11
P:1543
R:7
P:12
R:1
1558
VF
TOTALP:1268616
R:180918
P:152325
R:4423
P:236249
R:32069
P:237882
R:41692
BALANÇO1087698147902204180196190
Total Acumulado1635970
P vs R =» P = Passagem | R = Retorno



2014

Em 11 de NOVEMBRO terminaram as contagens oficiais das passagens nos Pirinéus. Foram contabilizados ao longo do período iniciado em 15 de Outubro 1 323 074 pombos torcazes, número que é relativamente baixo, sendo superior apenas ao verificado nos anos 2009, 2010 e 2011.

No entanto, já depois das contagens o bom  tempo, finalmente, permitiu que muitos pombos que se encontravam em França, nas Landas, pudessem atravessar os Pirinéus nos dias 19 e 20 de Novembro. De acordo com as estimativas, no total, terá passado um quantitativo da ordem de 500 000 torcazes. Com esta passagem os quantitativos de torcazes que cruzaram os Pirinéus  totalizaram um número da ordem dos 2 milhões de pombos.

tabela



2013

As contagens relativas a este ano foram encerradas no dia 10 de Novembro, um dia antes do normal, devido ao mau tempo. De referir a passagem ocorrida no dia 31 de Outubro, onde cerca de 1 milhão e duzentos mil pombos atravessaram os Pirinéus, sendo a segunda maior passagem de sempre num só dia, apenas ultrapassada pela ocorrida em 26 de Outubro de 1999, dia em que passaram mais de um milhão e meio de pombos.

Este ano ficou caracterizado por um claro atraso na migração, que fez com que, já após o encerramento, ocorressem grandes movimentações em França culminadas por uma passagem significativa no dia 14 de Novembro. Estima-se que nesse dia terá passado um contigente de pombos avaliado entre os 300 e os 500 000 pombos. Se acrescentarmos os 75 000 pombos passados em Iraty, não contabilizados pelo GIFS, terá totalizado cerca de 2 milhões, pelo que se pode já considerar um bom ano de passagem.

Pir 9 e 10 nov



2012

Com a contagem de 11 de Novembro, terminou a contabilização dos pombos torcazes que atravessam os Pirinéus. Com mais de dois milhões e duzentos mil pombos, foi um ano excepcional, dos melhores desde que a contagem se iniciou em 1999.

Aqui fica o registo das contagens efectuadas entre 15 de Outubro e 11 de Novembro de 2012.